"O Governo está entusiasmado com o entregar isto [TAP] aos privados, a direita está satisfeitíssima, a extrema-direita abre garrafas de champanhe e os liberais banham-se em champanhe no meio de toda esta festa porque a Lufthansa, a British Airways, a Ibéria ou o que houver vai ficar com a TAP, alguém vai ficar com a TAP, maravilha porque os privados é que gerem bem", disse o bloquista no jantar de aniversário do partido na Associação de Moradores da Bouça, no Porto.
Francisco Louçã recordou que a TAP já esteve nas mãos de privados, referindo-se a Alfredo Casimiro (da Groundforce) e a David Neeleman (antigo acionista da TAP).
"Tudo o que eles fizeram foi mostrar o que os privados podem fazer para destruir uma empresa que é um bem público", afirmou.
E acrescentou: "Se a energia é um bem público, se o transporte de qualidade dos comboios aos aviões são bens que servem o país, são bens públicos e podem ser tratados como quiserem, mas há uma coisa que nunca muda, nomeadamente que é um bem público para o público e a favor do público."
Já no sábado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou a convicção de que a privatização da TAP terá interessados, um processo que deseja que tenha um desfecho "no mais curto lapso de tempo possível".
Em Gondomar, no distrito do Porto, à margem do Congresso Extraordinário da Liga dos Bombeiros Portugueses, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "o processo de privatização da TAP é muito importante", lamentando que a pandemia da doença covid-19 não tenha permitido fechá-lo em 2020, razão pela qual deseja vê-lo fechado com rapidez.
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