Ministra responde às críticas de Cavaco com "realidade e concretização"
Marina Gonçalves defendeu que as "críticas construtivas são sempre bem-vindas". Já quando se tratam de críticas que "não correspondem àquela que é realidade", devem ser respondidas com "a realidade e concretização".
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Política Ministra da Habitação
A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, respondeu, esta segunda-feira, às críticas do ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, sobre a crise na habitação em Portugal e defendeu que “críticas construtivas são sempre bem-vindas”, mas “quando não correspondem àquela que é a realidade”, é necessário “evidenciar a realidade e concretização”.
As declarações surgem após Cavaco Silva ter considerado, no sábado, que os problemas na habitação são “resultado do falhanço da política do Governo” e ter tecido duras críticas ao pacote 'Mais Habitação'.
“A crítica é feita a um programa que mobiliza património devoluto há décadas para responder às famílias”, começou por referir a ministra em declarações aos jornalistas, em Matosinhos. “Vamos falar da concretização do programa e perceber se as críticas são justas ou não”.
Marina Gonçalves acrescentou que “o 1.º direito é um programa fundamental e estrutural para as políticas de habitação”, tal como o Programa Especial de Realojamento (PER).
“Considero que o 1.º direito é muito importante, é estrutural, e as críticas que lhe são devidas, se forem construtivas para melhorar o programa, são sempre bem-vindas. Quando são críticas que não correspondem àquela que é a realidade, eu diria que mais do que responder às críticas, evidenciamos aquela que é a realidade e a concretização de um direito fundamental no terreno”, asseverou.
No sábado, num discurso na conferência que assinalou os 30 anos do PER, Cavaco Silva afirmou que “a atual crise é o resultado do falhanço da política do Governo no domínio da habitação nos últimos sete anos, com custos sociais muito elevados para milhares de famílias”.
Sobre o novo pacote do Governo, o ex-Presidente saudou o fim dos ‘vistos gold’, mas defendeu que a medida “sofre do problema de credibilidade próprio das políticas do atual executivo” e destacou a falta do “fator confiança”.
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