"A primeira nota sobre o pacote de medidas tem a ver com o facto de terem passado 90 dias desde que entrou em vigor o Orçamento do Estado para 2023 e, em rigor, aquilo que o ministro das Finanças, Fernando Medina, apresentou hoje é um orçamento retificativo", sustentou Rui Rocha, em declarações aos jornalistas, no parlamento, numa primeira reação às medidas de apoio hoje anunciadas pelo Governo.
Na opinião dos liberais, o que o executivo socialista fez foi "dar com uma mão aquilo que tirou com duas ao longo dos últimos meses".
Considerando que aquilo que era necessário era uma "redução clara dos impostos", Rui Rocha defendeu que "em lugar do tom paternalista que foi usado nesta intervenção teria sido melhor começar por agradecer aos portugueses e até pedir-lhes desculpa" uma vez que "os portugueses cortam nos seus gastos, têm dificuldades em chegar ao fim do mês" e o Governo continua a cobrar "impostos extraordinários".
O Governo vai reduzir o IVA dos bens alimentares essenciais, anunciou hoje o ministro das Finanças, Fernando Medina, colocando a taxa em zero no cabaz de bens essenciais.
Foi igualmente anunciado que os funcionários públicos vão ter um novo aumento salarial de 1% este ano e uma subida no subsídio de alimentação.
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