Pedro Nuno Santos faltou ao jantar dos 50 anos do Partido Socialista

A decisão do ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação não foi, no entanto, totalmente surpreendente, pois há meses optou por abandonar o Secretariado Nacional do partido.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Ema Gil Pires
23/04/2023 11:31 ‧ 23/04/2023 por Ema Gil Pires

Política

PS

A dúvida pairava já no ar e veio, entretanto, a confirmar-se. Pedro Nuno Santos não marcou mesmo presença no jantar comemorativo dos 50 anos do Partido Socialista (PS), que decorreu na quarta-feira no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, segundo apurou o Notícias ao Minuto junto de fonte socialista.

A decisão do ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação não foi, no entanto, totalmente surpreendente, após ter optado por abandonar o Secretariado Nacional do PS, o principal órgão político da direção socialista. Isto na sequência da sua demissão do Governo, como consequência do caso TAP.

Pedro Nuno Santos optou, recorde-se, por abandonar o Executivo após o Correio da Manhã ter noticiado a indemnização de 500 mil euros dada a Alexandra Reis - depois disso nomeada secretária de Estado do Tesouro, cargo que também acabou por deixar -, quando saiu da administração da TAP. O então ministro assumiu saber do acordo de rescisão entre ambas as partes, tendo optado assumir a "responsabilidade política" pelo caso que, meses depois, continua a dar problemas à governação socialista.

Depois disso, Pedro Nuno Santos, que durante muito tempo foi apontado como um candidato à liderança do PS, suspendeu também o mandato de deputado na Assembleia da República, estando previsto o seu regresso em julho.

No jantar de quarta-feira, que se esperava de festa para a 'família' socialista, existiram outras ausências dignas de registo. A CNN Portugal tinha, antes do evento, avançado que o ex-secretário-geral do partido António José Seguro, que tem estado distante da vida política, tinha declinado o convite para marcar presença. Facto é que, sabe o Notícias ao Minuto, o ex-líder socialista, que tinha cedido o lugar a António Costa em 2014, não esteve mesmo presente.

Também José Sócrates, antigo primeiro-ministro português, esteve ausente. Mas isso já não é de estranhar, pois o antigo governante entregou já, há vários anos, o cartão de militante do PS. António Guterres, atual secretário-geral das Nações Unidas (ONU), também faltou, devido ao cargo internacional que ocupa.

Francisco Assis, antigo líder parlamentar do PS, também foi uma das ausências notadas - ele que, em entrevista recente ao jornal Público, não excluiu a possibilidade de voltar a candidatar-se a secretário-geral socialista, ou a outros cargos políticos.

Entre os nomes que compareceram ao evento, destaque para o deputado Sérgio Sousa Pinto, muitas vezes uma das vozes internas mais críticas da governação socialista e, até, de posições tomadas pelo partido. Vítor Constâncio, ex-governador do Banco de Portugal e antigo secretário-geral do PS, também esteve presente.

Para este domingo está marcado um novo evento comemorativo do aniversário do partido, desta feita no Pavilhão Rosa Mota, nos jardins do Palácio de Cristal, no Porto. O mesmo deverá ficar marcado por um protesto de professores contra o Governo, que espera ser capaz de reunir mais de 70 mil pessoas e terminará no preciso local da Festa dos 50 anos do PS.

Leia Também: Governo deu "machadada no equilíbrio" e manchou aniversário do PS

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