Presidenciais? "Anúncio habitual. Ventura tem necessidade de aparecer"

A antiga líder do Bloco de Esquerda considerou que o 'ruído' à volta do sufrágio que escolherá um novo chefe de Estado é "bastante ridículo".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
06/01/2025 23:44 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Catarina Martins

A eurodeputada bloquista Catarina Martins considerou, esta segunda-feira, que o anúncio de que o presidente do partido populista de Direita radical Chega será candidatado às eleições presidenciais de 2026 se trata de "uma forma de estar sempre presente no debate político", já que André Ventura "tem necessidade de aparecer muitas vezes".

 

"É a candidatura habitual. Mais do que isso é, até, o anúncio habitual. Ou seja, André Ventura tem necessidade de aparecer muitas vezes. Portanto, não só faz muitas vezes congressos do partido, como anuncia muitas vezes coisas. O que ele fez foi anunciar que vai anunciar a candidatura. É uma forma de estar sempre presente no debate político", disse, no seu espaço de comentário habitual na SIC Notícias.

A antiga líder do Bloco de Esquerda (BE) foi mais longe, tendo atirado que o ‘ruído’ à volta do sufrágio que escolherá um novo chefe de Estado é "bastante ridículo".

"Isto é tudo bastante ridículo. Acho que estamos, aliás, a assistir a uma espécie de desfile que diz pouco às pessoas sobre umas eleições que são daqui a um ano. Não vejo a ser debatido de que é que vamos precisar para um Presidente da República. Era melhor ter mais calma com a apresentação das candidaturas para, depois, quando as candidaturas se pudessem apresentar, não parecessem um desfile de egos", concretizou.

Catarina Martins apontou que, apesar de um Presidente da República não ter forçosamente um projeto de governação, "vivemos numa situação internacional e nacional cheia de desafios complicados em que, seguramente, os equilíbrios institucionais e a leitura que se faz da Constituição da República vão ser fundamentais nas decisões que se vão tomar".

"Ver um desfile de egos que não diz nada sobre qual é o projeto de futuro é a pior forma de se começar o debate das Presidenciais", disse.

Recorde-se que o líder do Chega anunciou, através de uma carta enviada aos deputados, que vai ser candidato a Presidente da República em nome do partido, no sábado.

De acordo com esta carta a que a agência Lusa teve acesso, Ventura pediu aos deputados "o maior sigilo sobre a situação", referindo que vai anunciar esta candidatura a 28 de fevereiro, às 20h00, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

"As razões são diversas, mas prendem-se essencialmente com a necessidade de termos uma candidatura que represente o espaço da Direita anticorrupção e anti-imigração sem confusão com os políticos que toda a vida defenderam o contrário e agora se pretendem apropriar do nosso espaço político", pode ler-se na mesma carta.

Em dezembro, durante uma visita no âmbito das jornadas parlamentares do partido, Ventura admitiu voltar a candidatar-se a Presidente da República nas eleições de 2026 e indicou que anunciaria a sua decisão até ao final de março deste ano.

André Ventura foi candidato presidencial em 2021, tendo ficado em terceiro lugar, atrás de Marcelo Rebelo de Sousa e Ana Gomes. De acordo com os dados da Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, o presidente do Chega obteve 11,90% dos votos (496.773 votos).

Leia Também: Ventura na corrida a Belém? "Vai até ao fim ou desiste a favor de outro?"

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