PSD elogia "moderação" de Carneiro para atacar PS liderado por Pedro Nuno

O presidente da bancada do PSD elogiou hoje a "moderação" e a abertura do ex-ministro socialista José Luís Carneiro para cooperação na área da segurança para atacar depois o "radicalismo" do PS liderado por Pedro Nuno Santos.

Notícia

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
07/01/2025 17:40 ‧ há 21 horas por Lusa

Política

José Luís Carneiro

"Quero saudar o senhor deputado José Luís Carneiro, porque ouvimos uma posição sensata, moderada, muito diferente daquela que temos ouvido por parte dos protagonistas do PS nas últimas semanas", sustentou Hugo Soares no parlamento, a meio de um debate de urgência proposto pelo Chega sobre segurança.

 

Tendo a escutá-lo a atual ministra da Administração Interna, Hugo Soares não poupou elogios ao discurso que ouvira minutos por parte do socialista antecessor de Margarida Blasco naquelas funções governativas e que no ano passado defrontou Pedro Nuno Santos na corrida ao cargo de secretário-geral do PS,

"É bom ouvir a voz da sensatez do PS em vez da voz do radicalismo, do extremismo e da voz muito parecida com a do Bloco de Esquerda. Esta intervenção [de José Luís Carneiro] é a do velho PS que aprendi a respeitar, mas não é a do PS que nos tem habituado nos últimos meses", declarou o líder da bancada social-democrata, antes de se insurgir contra os partidos à sua esquerda por terem atacado a forma como decorreu a recente operação policial no Martim Moniz, em Lisboa.

Sobre esse episódio, o presidente da bancada do PSD recorreu à ironia: "Provavelmente o PS, o BE, PCP e Livre vão inventar uma forma de revistar as pessoas com as mãos nos bolsos, vai ser a nova tática policial do século em que vivemos".

Na resposta, o porta-voz do Livre Rui Tavares acusou o Chega de ter feito "mais um número de delinquência política" no parlamento e as forças da AD (PSD e CDS) de estarem a pensar nas eleições autárquicas, nas presidenciais de 2026 e até num cenário de legislativas antecipadas.

"O pressuposto do não é não de Luís Montenegro com o Chega deixou de existir. O PSD já contou quatro versões distintas sobre o que se passou no Martim Moniz", assinalou.

Depois, dirigiu-se ao líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, comentando a ideia de revistas "com mãos nos bolsos", contrapondo: "Em qualquer Estado de Direito revistam-se suspeitos. E naquela operação no Martim Moniz eram suspeitos de quê? O resultado [da operação] foi pífio", concluiu Rui Tavares.

Antes, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, invocou dados que apontam para uma descida da criminalidade violenta desde 2013, "ano em que governava o PSD e o CDS com o apoio de André Ventura".

Em contraponto, segundo Mariana Mortágua, entre 2013 e 2023, aumentaram os crimes de violência doméstica e os crimes de ódio em Portugal.

"Mas o objetivo do PSD e do Chega é fazerem propaganda suja, explorando medos antigos", defendeu a coordenadora do Bloco de Esquerda, que também acusou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, de fazer um discurso falso sobre insegurança na cidade.

"Todos os dados recusam qualquer associação entre imigração e criminalidade. PSD e Chega querem arrastar as forças policiais para a sua política baixa", concluiu Mariana Mortágua.

Perla parte da Iniciativa Liberal, a presidente da bancada, Mariana Leitão, considerou que "a extrema-direita e a extrema-esquerda estão a explorar o tema da segurança apenas para obtenção de ganhos mediáticos" e não por terem qualquer interesse em soluções neste domínio.

Mariana Leitão também se demarcou da linha seguida pelo primeiro-ministro, dizendo que "a política é a arte de fazer escolhas".

"Mas o Governo optou pelo populismo em vez adotar qualquer reforma para reforçar a segurança e os meios das forças de segurança. O debate de hoje nasceu torto, porque se pretende insistir em políticas repressivas apenas com objetivos mediáticos", acrescentou a líder parlamentar da Iniciativa Liberal.

Leia Também: PS quer cooperar com Governo para "melhorar sistema de segurança interna"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas