Exonerações na TAP? Governo "só depois foi à procura da justa causa"

A IL considerou hoje estar provado que o Governo primeiro decidiu exonerar os presidentes da TAP "e só depois foi à procura da justa causa", referindo que dentro do executivo os "argumentos para a fundamentação jurídica não eram consensuais".

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© Facebook Bernardo Blanco

Lusa
27/04/2023 19:39 ‧ 27/04/2023 por Lusa

Política

IL

"Tivemos hoje mais provas da péssima gestão do Estado. Soubemos hoje, como já foi noticiado, que o Governo primeiro demitiu a CEO e o chairman em direto para todo o país e só depois, no dia seguinte, é que foi à procura de fundamentação jurídica para tal", disse o deputado da IL Bernardo Blanco aos jornalistas no parlamento.

Segundo o deputado liberal, "mesmo dentro do Governo, na relação entre os próprios ministérios, esses argumentos para a fundamentação jurídica não eram consensuais".

"Obviamente nós não podemos revelar documentação, será revelada durante a comissão, mas prova-se claramente que primeiro o Governo decidiu e só depois foi à procura da tal justa causa que cada vez é mais difícil de encontrar", reiterou.

Outro tema abordado por Bernardo Blanco foi sobre "a reunião preparatória entre o PS, a CEO e o Governo" antes da audição de Christine-Ourmières Widener em janeiro.

"Cada vez há mais indicações que a comissão recebe que essa foi mesmo uma reunião preparatória para combinar perguntas e respostas", denunciou.

Apesar de ainda não ser "claro como é que a CEO teve acesso a essa reunião, claramente foi o Governo que lhe enviou essa nota de calendário para a reunião", sendo o papel do Ministério dos Assuntos Parlamentares, de acordo com o deputado da IL, "apenas de ponte e não estando envolvido no resto".

"Finalmente depois de quatro anos em que o Estado gastou 3.200 mil milhões dos contribuintes, decide agora corrigir o erro que antes tomou", referiu, no mesmo dia em que o Governo anunciou que quer aprovar até julho o decreto-lei que iniciará a privatização da TAP.

Segundo Bernardo Blanco, "em vez de emprestar dinheiro ao privado ou seguir outra solução", Portugal "foi o único país, praticamente, na Europa que nacionalizou".

"E agora, depois de ter lá colocado este dinheiro e nos próximos dois anos ainda colocará mais cerca de 700 milhões, irá privatizar, dando 700 milhões a um novo investidor, dinheiro esse que poderia ter ficado no bolso dos contribuintes", criticou.

Leia Também: Privatização da TAP facilita um "passar pano por cima do que escorreu"

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