O deputado socialista Sérgio Sousa Pinto defendeu, este sábado à noite, que "a gravidade é eminente" sobre a polémica em torno de João Galamba após o seu adjunto exonerado o ter acusado de uma possível mentira à CPI - que o ministro das Infraestruturas nega categoricamente.
"O que me parece mais grave são fundamentalmente duas coisas: o envolvimento dos serviços secretos nesta pantomima interna dentro do Ministério das Infraestruturas e a trapalhada em si mesma", atira, em comentário na CNN Portugal.
Na ótica de Sousa Pinto, "estas cenas de faca e de alguidar dentro do ministério são absolutamente intrusivas e não concorrem para o prestígio das instituições e do Estado".
"Estas duas situações têm de ser esclarecidas e, quanto a isso, tenho total confiança no discernimento do primeiro-ministro e do Presidente da República", salientou, acrescentando que "o Governo tem de refletir porque alguma coisa tem de ser feita".
Recorde-se que o ministro das Infraestruturas afirmou, este sábado, que reportou ao secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e à ministra da Justiça o roubo do computador pelo adjunto exonerado, tendo-lhe sido dito que deveria comunicar ao SIS e à PJ.
Frederico Pinheiro foi exonerado na quarta-feira por "comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades" inerentes ao exercício das funções no gabinete do ministro João Galamba, depois de ter sido visado na troca de informações divulgada na comunicação social, na quinta-feira, sobre a polémica na TAP.
No dia seguinte, o adjunto exonerado acusou o Ministério das Infraestruturas de querer omitir informação à comissão de inquérito à TAP sobre a "reunião preparatória" com a ex-CEO, acusações que João Galamba negou "categoricamente", referindo ainda que, "pelo contrário", "toda a documentação solicitada pela Comissão Parlamentar de Inquérito foi integralmente facultada".
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