Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, Eurico Brilhante Dias repetiu várias vezes esta disponibilidade da parte do PS, referindo-se a um dos motivos invocados pelo deputado socialista Jorge Seguro Sanches na sua carta de demissão de presidente da comissão parlamentar de inquérito sobre a TAP.
Quanto ao alargamento do prazo deste inquérito parlamentar para lá do prazo fixado, 23 de maio, o líder parlamentar do PS remeteu o assunto para a esfera da comissão parlamentar de inquérito.
"Isso já é uma matéria que eles discutirão, eu quanto a isso não vou emitir opinião, é a sua independência. Como líder parlamentar o meu sublinhado é outro: todos estão disponíveis para trabalhar de segunda a sexta", frisou.
Na sua carta de renúncia ao mandato de presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP, lida em reunião pelo social-democrata Paulo Rios de Oliveira, o deputado do PS Jorge Seguro Sanches lamentou a falta de "consenso para realização de reuniões à segunda e à sexta à tarde".
Respondendo a este ponto, o líder parlamentar do PS afirmou que "todos os deputados do PS sem exceção" que integram a comissão de inquérito sobre a TAP lhe asseguraram que "estão disponíveis para trabalhar de segunda a sexta".
"A principal tarefa de um deputado é servir a comunidade, e num momento em que temos de apurar a verdade e toda a verdade essa é a prioridade. E esses deputados, sublinho, estão disponíveis para trabalhar de segunda a sexta na comissão parlamentar de inquérito", repetiu.
Interrogado se considera que há condições para esta comissão parlamentar de inquérito realizar um bom trabalho, Eurico Brilhante Dias respondeu que os socialistas irão continuar "a zelar para que a comissão parlamentar de inquérito funcione e apure a verdade", acrescentando: "Agora, não pactuaremos com a degradação das instituições".
"Eu próprio, que estou fora, considero que algumas decisões sobre o objeto da comissão parlamentar de inquérito podem ser discutíveis, mas não vou interferir, isso é uma decisão da comissão parlamentar de inquérito. Temos de dar condições para que ela funcione e não entrarmos no abandalhamento e numa luta político-partidária que não contribui para o apuramento a verdade. E nesse aspeto nós não vamos pactuar nem vamos contribuir para que isso aconteça", acrescentou.
[Notícia atualizada às 17h27]
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