A porta-voz e deputada única do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês Sousa Real, considerou, esta quarta-feira, que a audição a Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, na comissão de inquérito à TAP demonstra como é "fundamental o contraditório".
Numa nota na rede social Twitter, a deputada apontou ainda que "João Galamba [ministro das Infraestruturas] não tinha condições para continuar".
Inês Sousa Real afincou ainda que "o que se passou é demasiado grave para ser permitido num Estado de direito".
A audição de Frederico Pinheiro, só vem demonstrar que partidos como o @Partido_PAN estavam certos quando disseram que era fundamental o contraditório e que João Galamba não tinha condições para continuar. O que se passou é demasiado grave para ser permitido num estado de direito
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) May 17, 2023
Recorde-se que o ex-adjunto Frederico Pinheiro foi ouvido, esta quarta-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da TAP, devido à reunião 'secreta' com a ex-CEO da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener, na véspera da audição na comissão parlamentar de Economia, em janeiro. Será também ouvida, ainda hoje, a chefe do gabinete do ministro das Infraestruturas.
A reunião secreta entre o Grupo Parlamentar do Partido Socialista (GPPS), o Governo e a ex-CEO da TAP está na base da polémica que envolve João Galamba, com o ex-adjunto a acusar o ministro de querer mentir à CPI sobre a existência de notas desse encontro. O ministro negou as acusações de Frederico Pinheiro.
Após ter sido exonerado por "comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades", o ex-adjunto terá ainda furtado um computador portátil do Estado, recorrendo a violência física.
Leia Também: Chefe de gabinete de Galamba recebeu chamada do SIS após reportar ao SIRP