João Azevedo acusa Cavaco de "servir de muleta" ao atual líder do PSD
O PS acusou hoje Cavaco Silva de "servir de muleta" ao atual líder do PSD e considerou que o discurso do antigo Presidente da República sobre o Governo foi de "raiva e de ódio".
© João Azevedo/Facebook
Política PS
Falando à margem do IX Congresso do PAN, que decorreu em Matosinhos, no distrito do Porto, o deputado socialista na Assembleia da República e também membro do secretariado nacional do PS João Azevedo defendeu que o partido "resiste e é um partido coeso".
Aníbal Cavaco Silva proferiu hoje um discurso bastante critico da governação socialista, acusando o primeiro-ministro, António Costa, de perder a sua autoridade e classificou a atuação do Governo como "desastrosa".
"Cavaco silva já não aparecia a falar neste enquadramento há muitos anos. Portanto, aquilo que o PS entende é que o professor Cavaco Silva veio servir de muleta para que o Dr. Luis Montenegro conseguisse catapultar-se para um posicionamento político-partidário que lhe desse alguma vantagem junto da sociedade portuguesa, que não está a acontecer", afirmou João Fazenda.
Segundo o deputado, o discurso de Cavaco Silva, no 3º Encontro Nacional de Autarcas Social-democratas, que decorreu em Lisboa, é uma "discurso de raiva e de ódio".
"Não se percebe bem o porquê deste ataque tão violento que aconteceu ao PS, acaba por ser uma muleta do atual líder do PSD e representa claramente a preocupação do PSD que tem hoje um líder que não se consegue afirmar junto da sociedade portuguesa", salientou.
O PS, disse, vai "continuar a defender os portugueses e as portuguesas com medidas concretas" e que o partido quer é "governar, o PS quer governar bem para que as portuguesas os portugueses possam ter respostas concretas".
Questionado sobre se o partido estava fragilizado, o deputado defendeu que não: "O PS resiste e não está violentado. O PS é um partido que está coeso, que está preparado para ajudar a governar este país", afirmou.
Para João Azevedo, as "polémicas em torno de algumas situações" não estão a ter o efeito que a oposição pretende.
"É uma polémica que junto das pessoas, em alguns casos pode funcionar, mas aquilo que é importante é referir que as pessoas estão preocupadas com os seus problemas de vida, com o seu dia-a-dia e o Governo tem que governar para contribuir que essa vida seja melhor e mais feliz", finalizou.
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