O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, reagiu, esta quarta-feira, aos novos desenvolvimentos do caso Tutti Frutti, que envolve o ministro das Finanças, Fernando Medina, e o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, na altura em que ambos exerciam funções na Câmara Municipal de Lisboa.
"Um processo que dura há cinco ou seis anos deve ter uma conclusão para se saber quais são verdadeiramente as imputações e os responsáveis", sublinhou o social-democrata, em declarações aos jornalistas.
Hugo Soares defendeu ainda a necessidade de "confirmar alguns factos para que sejam retiradas consequências políticas". Mas sublinhou: "Quero deixar claro, em nome do PSD, que o PSD será intransigente com qualquer falha ética ou qualquer falha de legalidade".
Reiterando ser "absolutamente necessário que estes factos sejam confirmados" e que a "investigação chegue ao fim", o social-democrata comentou ainda o facto de estarem envolvidos dirigentes do PSD, mas alertou que não se sabe "se a pessoa A ou B é ou não arguida".
Na sua declaração, pediu uma "investigação rápida" ao caso, que "deve ter uma conclusão". "É preciso saber quais são as imputações e a quem é que elas são imputadas", salientou.
Em causa, recorde-se, está uma reportagem da TVI e da CNN Portugal, que revela que Fernando Medina é suspeito em cinco processos, relacionados com o caso Tutti Frutti. A investigação sublinhou que Medina fez um pacto com responsáveis do PSD antes das autárquicas no sentido de apresentar "candidatos merdosos" em algumas freguesias para que os sociais-democratas fizessem o mesmo pelos socialistas.
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