Numa declaração em vídeo divulgada no Dia Mundial da Criança, Paulo Raimundo defende que "todas as crianças têm direitos que são seus e que têm de ser garantidos".
"A criança precisa de amor, confiança e compreensão. Acompanhar o crescimento dos filhos não é só direito dos pais, é também uma necessidade de todas e cada uma das crianças", sublinhou.
Para Paulo Raimundo, "a efetivação destes direitos e do desenvolvimento integral da criança exigem respostas amplas cuja concretização é da responsabilidade de toda a sociedade".
Elencando vários direitos das crianças, o secretário-geral do PCP destacou em particular o "direito à educação", a uma rede pública de creches, a uma "escola que contribua para o seu desenvolvimento integral, com menos alunos por turma, com refeições, manuais e material escolar gratuitos, que garanta a prática desportiva e o desporto escolar".
"A criança tem direito a crescer com saúde, a uma alimentação saudável, tem direito a habitação, a cuidados médicos, a enfermeiro de família, aos serviços de maternidade e pediatria, oftalmologia, nutricionista, psicologia e a dentista", continuou.
O dirigente comunista acrescentou ainda que "todas as crianças têm direito ao abono de família e ao reforço dos seus valores", a transportes gratuitos e a "acesso à cultura e ao desporto".
"A criança tem de ser protegida do abandono, da crueldade, da exploração e da injustiça, dessa injustiça e desigualdade que, em Portugal, empurra 345 mil crianças para a pobreza enquanto os grupos económicos acumulam milhões e milhões de euros de lucros por dia", frisou.
Paulo Raimundo sustentou ainda que a "criança tem direito a crescer num espírito de compreensão, tolerância, amizade e paz", sublinhando que "brincar é um direito de todas e de cada uma das crianças".
"As crianças precisam de mais tempo e de mais espaço ao ar livre para brincar. As crianças precisam mesmo que os seus pais tenham mais tempo para a brincadeira", frisou.
Para o líder do PCP, "isso só é possível travando horários selvagens e com o fim da precariedade laboral".
"Por mais hipocrisia que ande por aí, a verdade é que quem promove a exploração dos adultos, promove a degradação de vida das crianças", defendeu.
Paulo Raimundo considerou assim que, "para garantir os direitos das crianças, é também preciso consagrar mais salários, horários dignos, condições de vida, direitos de trabalho, de maternidade e paternidade".
"Isto não é uma proclamação de intenções, é uma afirmação suportada em propostas concretas e numa visão de quem sabe que, além do futuro, é preciso garantir hoje os direitos das crianças", frisou.
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