"Acho que neste momento esta é uma campanha de contacto pessoal, mas estou convencido de uma coisa: os madeirenses e os porto-santenses já sabem em quem é que vão votar, neste momento essa consciencialização está feita", declarou Miguel Albuquerque.
A candidatura do PSD não divulgou hoje agenda de campanha eleitoral, mas os sociais-democratas divulgaram entretanto uma nota de imprensa e um registo áudio, referindo que o cabeça de lista esteve em contacto com a população no Funchal.
Miguel Albuquerque acredita que as pessoas entendem o momento político atual e consideram que "o governo foi derrubado sem nenhuma razão", falando num "excesso de ambição dos partidos da oposição".
"As pessoas perceberam que não podemos continuar nesta disfuncionalidade. É fundamental neste momento que a Madeira tenha um governo para governar durante quatro anos, que depois possa ser ajuizado ao fim de quatro anos, e precisam de um orçamento", reforçou.
O atual presidente do Governo Regional, derrubado na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, acrescentou ainda que o povo madeirense esteve habituado a ter estabilidade política ao longo dos últimos anos e que as pessoas "neste momento estão um pouco ressentidas relativamente àquilo que se passou".
"Temos apelado para termos uma maioria para nos permitir formar governo, vamos aguardar serenamente", frisou Miguel Albuquerque, assegurando igualmente que o partido está mobilizado internamente.
Questionado sobre a abstenção, referiu que os números refletem sempre uma extrapolação, uma vez que há um conjunto de residentes na diáspora que não estão na região nos momentos de votação.
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.
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