Menos Orbán (e Costa), e mais LGBT+. "Todos têm direito a viver a vida"

A bloquista Mariana Mortágua falou na Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, e, questionada sobre a ida de António Costa a Budapeste, referiu que era "lamentável" que o primeiro-ministro tivesse usado recursos oficiais para essa paragem.

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Notícias ao Minuto
17/06/2023 17:59 ‧ 17/06/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Bloco de Esquerda

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, participou, este sábado, a Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, durante a qual fez algumas considerações.

"O Bloco de Esquerda hoje junta-se a um país que se alegra para defender uma ideia muito sensata, que é a ideia de que todas as pessoas têm o direito à felicidade, que toda a gente tem o direito a viver a sua vida, a amar quem quiser, a não se perseguido por isso, a não ter medo do ódio, do ressentimento. O Bloco junta-se a essa ideia, que é uma ideia forte, a ideia da alegria de um país em que toda a gente tem felicidade, direitos plenos, capacidade, vontade de andar na rua sem ter medo", disse, em declarações aos jornalistas. 

A bloquista referiu ainda que apesar de esta ideia mover hoje em dia milhares de pessoas, e celebrar o "muito que foi conquistado" nos direitos LGBT+, ainda há muito a conquistar.

Sobre a polémica relacionada com a escala que António Costa fez no final de maio em Budapeste, onde assistiu a um jogo de futebol com Viktor Orbán, Mortágua considerou "lamentável que o primeiro-ministro tenha usado recursos de uma viagem oficial para fazer essa paragem". "Acho ainda mais lamentável que tenha visto este jogo de futebol ao lado de um líder autoritário de extrema-direita", apontou Mortágua, acrescentando que, no entanto, o país tinha agora coisa mais importantes para discutir - nomeadamente, uma crise da habitação.

Em relação aos seis anos que passaram desde os incêndios de Pedrogão Grande, Mortágua foi questionada sobre se tinha conhecimento de que o Fundo Revita - criado para apoiar a reconstrução e reabilitação das áreas afetadas pelos incêndios de 2017 em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera - tinham sido nacionalizados.

"A primeira palavra é para que não nos esqueçamos nunca da tragédia, das suas vítimas. O melhor que podemos fazer com essa memória é que reivindiquemos o muito que falta fazer. Há fundos comunitários, públicos, que foram dirigidos precisamente para recuperar estas áreas e garantir uma gestão florestal que impeça incêndios. O que sabemos hoje é que muito pouco foi feito", atirou.

Mortágua considerou ainda que é "impressionante" que os fundos disponibilizados não tenham sido utilizados para a gestão territorial que foi prometida. A responsável apontou ainda que é preciso garantir segurança para as pessoas que querem viver no interior. "Temos de garantir terreno seguro. Para isso, é preciso fazer uma gestão de território. Portugal  tem fundos para o fazer", considerou.

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