O líder do PSD, Luís Montenegro, esclareceu, esta segunda-feira, que Joaquim Pinto Moreira, a quem foi retirada a confiança política, é "um deputado que exerce o seu mandato" e que tal "não tem nada a ver com confiança política".
Em declarações aos jornalistas, em Palmela, o social-democrata frisou que o deputado "não expressa a vontade política do grupo parlamentar".
Em causa, recorde-se, está uma notícia avançada pelo Observador que dá conta que Pinto Moreira voltou a integrar as comissões parlamentares permanentes que ocupava antes de ter suspendido o mandato (nessa altura, em coordenação com a direção do partido depois de ser constituído arguido na Operação Vórtex): Defesa, como efetivo, e Saúde, como suplente.
Neste sentido, o Montenegro frisou que o deputado "apenas exerce as suas funções" e que se trata de uma "obrigação constitucional e regimental". "Os deputados exercem o seu mandato representando todo o país. É assim que acontece nas comissões e no plenário", reiterou.
Sublinhe-se que Pinto Moreira retomou o mandato no dia 29 de maio, dois meses depois de o suspender, após ter sido constituído arguido no âmbito da Operação Vórtex, que está relacionada com projetos imobiliários e respetivo licenciamento na Câmara de Espinho, que liderou.
Nesse mesmo dia, o presidente do PSD, Luís Montenegro, indicou que o partido decidiu retirar a confiança política a Pinto Moreira, mas que o parlamentar continuaria a integrar a bancada social-democrata "se tiver essa vontade", salientando que o mandato de deputado tem uma componente individual em que o partido não pode interferir.
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