A iniciativa "Sentir Portugal" foi um compromisso assumido há um ano por Luís Montenegro, no 40.º Congresso do PSD, de passar uma semana por mês nos diferentes distritos do país, e em que também previa passagens pela diáspora portuguesa, como já aconteceu em março em vários países europeus.
O presidente do PSD tem defendido que um dos objetivos destes périplos é "reconciliar o partido com os portugueses", e, num documento elaborado pelo PSD, destaca-se "a proximidade com o país e com o partido como uma imagem de marca deste primeiro ano".
De acordo com este balanço feito pelo partido, Luis Montenegro participou em mais de 60 iniciativas partidárias, tendo a restante direção política do PSD marcado presença em mais de 100, tendo retomado reuniões regulares com as distritais e realizado cinco Conselhos Nacionais, órgão máximo do partido entre Congressos.
O líder social-democrata, segundo o mesmo documento, já participou em seis reuniões do Partido Popular Europeu, em Bruxelas, esteve duas vezes na região autónoma dos Açores e três vezes na região da Madeira e recebeu em audiência na sede do partido mais de 100 entidades.
A nível de encontros com personalidades internacionais, o partido destaca a bilateral com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e as reuniões em Lisboa com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e o líder do Partido Popular Espanhol, Alberto Núñez Feijó.
A direção de Luís Montenegro manteve, embora num formato renovado, o Conselho Estratégico Nacional 'herdado' de Rui Rio -- que trabalha no futuro programa eleitoral do PSD - e lançou o Movimento Acreditar, plataforma política de discussão com a sociedade civil, que tem tido reuniões deslocadas pelo território nacional, incluindo durante as semanas do "Sentir Portugal", com temas como demografia, coesão territorial, cultura ou mar.
Entre as principais medidas já apresentadas pelo PSD neste último ano, o partido salienta o programa de emergência social proposto em agosto do ano passado -- antes do do executivo -, e medidas no âmbito do Orçamento do Estado para 2023 como a redução dos escalões do IRS até ao sexto escalão e uma taxa única de 15% para os jovens, bem como para descida gradual do IRC.
O PSD apresentou também no parlamento um 'pacote' para a área da habitação, um programa de atração, acolhimento e integração de Imigrantes, alterações ao estatuto do cuidador informal e medidas de apoio aos idosos, entre outros.
No âmbito da revisão constitucional, cuja conclusão passará para a próxima sessão legislativa, o PSD destaca propostas como a criação do Conselho da Coesão Territorial e Geracional, a alteração dos círculos eleitorais de forma a conjugar a proporcionalidade com a dimensão territorial, o voto aos 16 anos ou o aumento de poderes ao Presidente da República na nomeação de instituições judiciais e reguladoras.
Na primeira fase dos trabalhos, nenhuma destas propostas teve acolhimento por parte do PS, essencial para garantir qualquer aprovação por dois terços.
As próximas áreas em que o partido vai apresentar propostas alternativas serão a saúde, já na próxima semana, e impostos, após sucessivos apelos de Montenegro ao Governo para que reduza quer o IRS -- que assume como prioridade -- quer o IRC.
Leia Também: Processos judiciais têm sido 'pedra no sapato' na liderança de Montenegro