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PS salienta promessa de desagravamento fiscal caso previsões se confirmem

O PS salientou hoje que o Governo procederá a um desagravamento fiscal, a partir do Orçamento para 2024 e na ordem dos dois mil milhões de euros nos próximos quatro anos, caso se confirmem as previsões macroeconómicas.

PS salienta promessa de desagravamento fiscal caso previsões se confirmem
Notícias ao Minuto

12:56 - 07/07/23 por Lusa

Política Governo

Esta posição foi transmitida pelo ex-secretário de Estado do Trabalho e atual deputado do PS Miguel Cabrita, na Assembleia da República, durante o debate do projeto do PCP que visa o desagravamento dos impostos sobre os trabalhadores e "uma tributação efetiva" dos lucros obtidos pelos grupos económicos.

Na sua intervenção, Miguel Cabrita defendeu a tese que, desde o primeiro executivo liderado por António Costa, não houve aumento de impostos sobre os trabalhadores em Portugal e rejeitou a ideia de que Portugal se situe acima da média europeia em termos de carga fiscal.

"Por muito que custe à direita, Portugal mantém-se com uma carga fiscal abaixo da União Europeia - e não acima, como repetem uma e outra vez", advogou.

Miguel Cabrita apontou também que, caso se mantenha a atual trajetória de crescimento económico de Portugal, confirmando-se as projeções existentes, na proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2024 será dado "impulso" a uma linha de desagravamento fiscal.

"O Governo já anunciou que, confirmadas as previsões para o ano de 2023, o desagravamento fiscal, e desde logo em sede de IRS, vai ter um impulso em 2024, tal como anunciado no Programa de Estabilidade e com um horizonte de desagravamento de dois mil milhões de euros nos próximos quatro anos. É o acelerar e o consolidar de um caminho", sustentou.

Na resposta, o deputado do PCP João Dias referiu que o PS inscreveu em programas eleitorais o englobamento obrigatório de todos os rendimentos e perguntou onde está o cumprimento dessa promessa.

João Dias insurgiu-se também contra a manutenção pelo Governo do regime de residentes não habituais, estimando que custe ao Estado Português cerca de mil milhões de euros -- "uma injustiça para os pensionistas" portugueses.

Pela parte do Bloco de Esquerda, a deputada Isabel Pires observou que as receitas fiscais têm subido sempre acima das previsões do Governo, "mas, na verdade, não é beneficiado pelo crescimento, o que serve para insuflar a narrativa da direita" sobre a carga fiscal em Portugal.

"O PS não tem uma única proposta para resolver a questão da injustiça fiscal em Portugal", lamentou Isabel Pires.

Hugo Carvalho, deputado do PSD, disse não conhecer "um único trabalhador português que não esteja chocado com os impostos que paga" e reiterou a tese social-democrata de que Portugal é um dos países da União Europeia com maior carga fiscal.

"O Portugal do PS é aquele em que os impostos servem para punir o mérito. Quem mais prémios recebe, mais é penalizado pelos impostos. Com António Costa como primeiro-ministro, os portugueses entregam-lhe mais e mais impostos todos os anos", frisou.

A deputada única do PAN, Inês de Sousa Real, também criticou injustiças fiscais, colocando em contraponto o regime aplicado aos bónus atribuídos a gestores e o imposto aplicado para despesas com animais de companhia.

"Justiça fiscal tem de ser sinónimo de justiça social e ambiental", acrescentou.

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