O partido Chega deu entrada no Parlamento de um projeto de resolução, que recomenda ao Governo que realize "uma auditoria externa independente à Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional e à idD Portugal Defence".
A recomendação toma como base que "lamentavelmente, estes dois organismos, essenciais no âmbito da Defesa Nacional e que deveriam ser uma referência no que diz respeito à sua gestão e transparência, pelos milhares de milhões de euros que gerem, fruto das suas competências, viram-se envolvidos recentemente numa série de casos e suspeitas de corrupção".
No documento, o Chega recorda que alguns destes casos tiveram "detenções e constituição de arguidos", pelo que "colocam seriamente em causa a confiança dos portugueses no seu regular funcionamento no passado mais recente".
O partido recorda os contornos da operação 'Tempestade Perfeita', que visava a eventual prática de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento, nas obras de requalificação do Hospital Militar de Belém, "que derraparam de um orçamento inicial de 750 mil euros para 3,2 milhões de euros e onde um dos detidos foio ex-Diretor-Geral de Recursos da Defesa Nacional Alberto Coelho".
Também "o recentemente conhecido episódio da assessoria de acompanhamento à equipa de negociação dos contratos de manutenção relativos aos helicópteros EH-101 da Força Aérea", "a nomeação de José Miguel Fernandes, acabado de se demitir, 'por razões pessoais' de presidente do conselho de administração do Arsenal do Alfeite" e "a não publicação há dois anos dos Relatórios e Contas da idD Portugal Defence" constam na lista de casos que o partido recorda.
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