Costa "não tem posto em marcha" algumas medidas contra a corrupção
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, considerou hoje que o primeiro-ministro "não tem posto em marcha" algumas medidas de combate à corrupção, defendendo que os portugueses "estão preocupados" com este fenómeno.
© Lusa
Política Inês Sousa Real
"É importante para o PAN que haja aqui medidas de combate à corrupção que o primeiro-ministro não tem posto em marcha", defendeu a líder do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), em declarações à agência Lusa.
A dirigente reagia ao artigo de opinião publicado no sábado pelo primeiro-ministro no jornal 'online' Observador, no qual António Costa afirmou que não desvaloriza a corrupção, e que o tem demonstrado no seu percurso político "sem retórica e com ação", acusando os críticos de construírem "uma mentira".
Inês Sousa Real considera que "os portugueses estão preocupados com o fenómeno da corrupção e não se reveem nestes casos e casinhos" do executivo.
"E o combate à corrupção é um combate que contribui para garantirmos que os dinheiros públicos servem efetivamente para servir a população e não quem indevidamente se procura servir dos mesmos", sublinhou.
Para Inês Sousa Real, o mais importante "são as ações", lembrando o caso da entidade para a transparência, "que é uma entidade que tem precisamente o poder de fiscalizar também os cargos políticos", e "que nem água e luz tem para o seu funcionamento".
"E, portanto, quando o primeiro-ministro vem dizer no seu artigo que tem atuado para garantir os mecanismos de combate à corrupção no nosso país, e que de alguma forma tem procurado dar resposta a essas problemáticas, a verdade é que no nosso entender não tem sido feito o suficiente para garantir os meios, por um lado, para termos em funcionamento a entidade para a transparência", sustentou.
Para a porta-voz do PAN, "não só tem existido ao longo destes anos uma falta de investimento na Justiça", como depois no que diz respeito "à auto responsabilização dos políticos não há aqui - com todo o respeito que o princípio da presunção de inocência nos merece - não há uma ação consentânea com aquilo que é dito".
A última saída do executivo foi a do secretário de Estado da Defesa Marco Capitão Ferreira, constituído arguido na operação 'Tempestade Perfeita'.
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