"Bandalheira". Montenegro acusa Costa de ser "recordista dos impostos"
Luís Montenegro, dirigente do PSD, proferiu as declarações no contexto da tradicional Festa do Pontal, que decorre em Quarteira, ladeado dos autarcas de Lisboa e de Cascais, Carlos Moedas e Carlos Carreiras, respetivamente.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Política PSD/Guarda
O presidente do PSD, Luís Montenegro, mostrou-se esta segunda-feira, durante um discurso na Festa do Pontal, em Quarteira, pouco otimista face ao futuro do país, atualmente liderado pelo PS. "Portugal não aguenta muito mais tempo esta circunstância", apontou, acusando o Governo do PS de "negligenciar o futuro" dos portugueses.
E exemplificou a sua tese, em jeito de análise ao que tem sido a realidade da governação socialista nos últimos anos: "Se repararmos aquilo que foi a vida do país nos últimos anos, temos de concluir que, com António Guterres e António Costa, o país acabou num pântano, com Sócrates e António Costa o país acabou na bancarrota. E, agora, com António Costa e os seus delfins, o país está numa das zonas mais problemáticas em termos de empobrecimento dentro da União Europeia".
Perante este cenário, ladeado dos autarcas de Lisboa e de Cascais, Carlos Moedas e Carlos Carreiras, respetivamente, o dirigente do PSD prosseguiu, dizendo que os "portugueses esperam e anseiam uma alternativa forte que possa catapultar Portugal para um período que não seja, nem de pântano, nem de bancarrota, nem de pobreza".
Olhando para a governação socialista, Luís Montenegro destacou ainda existirem lacunas em vários campos, como "a Saúde, a Educação, a Economia, a retenção de jovens qualificados". Mas, também, na "Justiça, nos serviços, nas forças de segurança", na "agricultura e nas pescas". "Mesmo no turismo", que "está num bom momento", mas apenas porque "não está na dependência do Governo", mas sim dos "promotores privados", ressalvou. E concluiu a ideia, dizendo: "Em todos estes setores, nada está melhor do que estava há oito anos".
"Nunca as famílias e as empresas pagaram tantos impostos"
Um dos setores que merecem críticas por parte do líder do PSD relaciona-se com os impostos. Argumentando que "nunca as famílias e as empresas pagaram tantos impostos", Montenegro considerou que o primeiro-ministro, António Costa, "nada tem a oferecer ao futuro de Portugal" e que o país "não pode continuar nesta bandalheira governativa". E acrescentou: "Qual é a marca que este primeiro-ministro deixa do seu legado? Um estadista? Um reformista? Não é isso. É o recordista dos impostos! Todos os anos bate o recorde do ano anterior".
Elaborando que o "esbulho fiscal tem de acabar", de que acusou o Executivo socialista, o presidente dos sociais-democratas anunciou que o partido vai apresentar, "com tempo, um programa global de reforma fiscal", que irá abranger "todos os impostos" aplicados. "Para ter um sistema mais justo, para sermos mais competitivos", referiu.
Nós sabemos que Portugal espera muito do PSD. Nós sabemos que temos responsabilidade de dar a Portugal um caminho novo. Uma nova esperança. Um novo futuro
Entre as principais medidas neste âmbito encontra-se a proposta para um IRS máximo de 15% para os jovens até aos 35 anos e uma atualização obrigatória dos escalões de IRS em função da inflação. Mas não só: o PSD defende também a diminuição de 1.200 milhões de euros no IRS este ano para as famílias (com cortes percentuais variáveis de escalão para escalão e excetuando o último), a não tributação de prémios de desempenho ou de produtividade (até 6% do salário anual, tanto na Administração Pública como nos privados), e um mecanismo que permita ao Parlamento determinar o que deve ser feito com excedentes da receita fiscal, como é exemplo o início deste ano.
No seguimento dessa ideia, concluiu: "Nós sabemos que Portugal espera muito do PSD. Nós sabemos que temos responsabilidade de dar a Portugal um caminho novo. Uma nova esperança. Um novo futuro".
No seu discurso, teceu ainda algumas considerações sobre aquilo que deverá ser a estratégia para o futuro do partido que lidera. "Seremos credíveis se assumirmos a nossa História", referiu.
As declarações foram proferidas durante o conhecido evento de rentrée política do partido, a Festa do Pontal, que decorreu na noite desta segunda-feira, em Quarteira. Saiba-se já, à partida, que o discurso desta noite, segundo avançou o comentador político Luís Marques Mendes, no domingo, ia centrar-se numa proposta de baixa do IRS, para possibilitar o aumento do salário líquido dos portugueses e travar a saída de jovens para o estrangeiro, entre outros.
[Notícia atualizada às 22h01]
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