Paulo Raimundo na sua 1.ª Festa do Avante? "Há um certo burburinho"

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, quer demonstrar que o partido tem capacidade para "construir alternativa", considerando que é cada vez "mais necessária", e admitiu um "certo burburinho" por ser a sua primeira Festa do Avante! enquanto líder.

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Lusa
01/09/2023 20:43 ‧ 01/09/2023 por Lusa

Política

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"Aqui há força, aqui há capacidade de construção, aqui há capacidade de, com outros, construir alternativa, que é obrigatória, que é urgente e a cada dia que passa mais necessária, fixando objetivos fundamentais e imediatos a que é preciso dar resposta", afirmou, numa antecipação dos temas que abordará no comício de encerramento da 'rentrée' comunista, no domingo.

O secretário-geral comunista falava aos jornalistas pouco depois da abertura das portas da Festa do Avante!, no fim de uma visita às exposições patentes no Espaço Central, dedicadas aos 50 anos do 25 de Abril de 1974 e o centenário do Carnaval de Torres Vedras.

Paulo Raimundo quer ver implementado um "aumento geral e significativo dos salários e pensões, medidas concretas para a habitação", e também "do ponto de vista da reforma fiscal, muito badalado nos últimos tempos", ou a "fixação e redução dos preços".

"Voltaremos a isso certamente com muita força", indicou.

Paulo Raimundo disse ter "uma relação muito carinhosa com a Festa", onde ao longo dos anos desempenhou "muitas tarefas e responsabilidades muito diferentes", sendo por isso um local onde se sente "naturalmente muito à vontade".

"De qualquer das maneiras, também estaria a mentir se não dissesse que há um certo burburinho, diria assim, que acho que é normal, até pela relação muito próxima que tenho com a Festa", confessou, indicando que o discurso de domingo "até é o mais simples", uma vez que vai "procurar projetar esta ideia de enfrentar a situação e responder ao problema das pessoas".

O secretário-geral do PCP destacou que a Festa do Avante! é "um espaço de confiança e de construção da alternativa que se exige e que é, a cada dia que passa, mais urgente e mais necessária".

Uma "Festa de confiança e para projetar o futuro que precisamos, num momento em que o país vive numa brutal contradição entre a propaganda e vida dura dos trabalhadores e do povo, entre o esforço da pressão sobre os salários, sobre as pensões, em confronto com os lucros milionários e colossais dos grandes grupos económicos", acrescentou, defendendo que "se impõe esta exigência de aumento dos salários e pensões como resposta aos problemas", entre os quais "o drama da habitação".

Além dos "de sempre" e dos que "estão a regressar à Festa do Avante! depois de por esta ou aquela razão terem deixado de vir", Paulo Raimundo destacou também os "muitos milhares que não têm nada a ver com o PCP", mas "sentem-se bem, em casa, acolhidos vêm à procura deste espaço de fraternidade, solidariedade, deste espaço de paz, de desporto, cultura, música, este espaço ligado ao povo, de debate, de construção" e de "confiança para enfrentar os grandes desafios que temos pela frente".

O líder do PCP saudou também aqueles que estão no Avante! pela primeira vez, afirmando que "são todos muito bem-vindos".

A Festa do Avante!, o certame político-cultural que assinala a 'rentrée' do PCP, arrancou hoje e decorre até domingo na Quinta da Atalaia, no Seixal (distrito de Setúbal).

[Notícia atualizada às 21h12]

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