"O PAN entende que os agricultores estão cansados -- aquilo que nos foi transmitido no âmbito da ação de campanha -- por não ser pago o justo valor pelo trabalho que estão a ter", afirmou a candidata na iniciativa realizada hoje no concelho de Câmara de Lobos, dedicada ao setor.
A assistente social, que se estreia nas lides políticas nestas eleições, mencionou o descontentamento dos produtores de banana, que disse ser "um dos grandes temas quando se fala da agricultura" na Madeira.
Mónica Freitas referiu a "questão da GESBA [Empresa de Gestão do Setor da Banana] e o facto de o dinheiro que chega aos agricultores ser efetivamente muito menos do que aquele que é ganho por esta empresa pública".
A candidata disse ainda que os agricultores "se sentem desmotivados porque há uma falta de apoios mesmo a nível material e de recursos humanos".
"O PAN defende que haja aqui um chamariz para que os mais jovens possam também manter estas boas práticas", acrescentou.
No decorrer dos contactos com as pessoas em vários locais no concelho de Câmara de Lobos, contíguo a oeste do Funchal, destacou a importância da promoção da agricultura biológica e dos produtos regionais.
Apontou também a necessidade de promoção das práticas dos mercados de proximidade, com uma aposta na sensibilização e consciencialização para o impacto ambiental e substituição dos materiais que são usados por materiais biodegradáveis.
Nas primeiras eleições regionais que concorreu, em 2011, o PAN conseguiu eleger um deputado, mas não conseguiu repetir a representação em todas as que se realizaram depois.
Às legislativas regionais da Madeira, agendadas para 24 de setembro, concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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