Rui Tavares indicou que o Livre obteve "resultados honrosos" em eleições nacionais e europeias quando ainda não tinha assento no parlamento, com "centenas ou até milhares" de votos de madeirenses, para defender que o partido está agora num "estatuto diferente".
"Porque o Livre agora é um partido parlamentar que chega às pessoas através do trabalho que desenvolve na Assembleia da República e as pessoas sabem, já conhecem agora de experiência, não só de promessa, mas de verem a realidade, qual é o tipo de atitude que o Livre tem", sublinhou.
O representante falava numa iniciativa da campanha eleitoral em frente à Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal, onde acompanhou o cabeça de lista do partido às regionais de 24 de setembro, Tiago Camacho.
O também deputado único do Livre à Assembleia da República, eleito nas legislativas do ano passado, prometeu que o partido estará "do lado da solução" se for possível obter "uma maioria de progresso social e ambiental".
Por outro lado, acrescentou, "se não for possível essa maioria, o Livre estará na oposição de uma forma honesta, leal, franca, mas uma oposição séria e firme".
"E é essa atitude de quem traz a política para cima e não a empurra para baixo que é a atitude do Livre na política portuguesa, e é aquilo com que os madeirenses e porto-santenses poderão contar a partir do dia 24 - com o Tiago Camacho, com a Cátia Castro e com tantos outros que estão connosco", assegurou.
Rui Tavares sublinhou que este "não é um partido que procura as falsas polémicas, que as exagera para polarizar a sociedade, não é um partido do discurso do ódio, não é um partido que queira chamar a atenção por chamar a atenção".
A candidatura quer, antes, servir os madeirenses da mesma forma que o faz na Assembleia da República, com "propostas com os olhos postos no futuro", de forma a resolver problemas e a ter "um país com uma economia mais qualificada, que consiga reter mais gente, com salários mais altos, serviços públicos de excelente qualidade".
Para a Madeira, a equipa propõe "transportes públicos gratuitos para quem mais precisa" e uma "aposta na diversificação da economia, num turismo também que suba na escala de valor, que retenha mais gente".
Esta é a primeira vez que o Livre concorre num sufrágio para o parlamento regional.
Concorrem às legislativas da Madeira 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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