"Já provámos a nível nacional que essa atitude faz a diferença e que um deputado do Livre faz a diferença no parlamento nacional. Um deputado do Livre fará a diferença a partir do dia 24 na Assembleia Legislativa Regional também", afirmou.
Rui Tavares falava no âmbito da campanha da candidatura do Livre às regionais de domingo, encabeçada por Tiago Camacho, hoje marcada por uma reunião com o reitor da Universidade da Madeira, no Funchal.
O porta-voz do partido disse que "as maiorias absolutas são indesejáveis" e considerou que "o Livre é a novidade à esquerda nestas eleições na Madeira".
"É a primeira vez que nos apresentamos a eleições regionais e isso é uma diferença em relação a qualquer outro partido à esquerda aqui e o eleitorado madeirense tem a possibilidade precisamente de testar um partido novo e de ter uma atitude nova na Assembleia Legislativa Regional dentro do campo da esquerda", disse.
O também deputado único do Livre à Assembleia da República, eleito nas legislativas do ano passado, explicou que as propostas para a região são de "justiça social" e de levar ao parlamento madeirense uma atitude que "puxa a política para cima e que fala mais de temas de futuro em vez de estar a fazer uma política do discurso do ódio ou da polarização".
Considerando a possibilidade de a coligação PSD/CDS-PP, atualmente no governo, vencer as eleições, Rui Tavares disse que "as maiorias absolutas são indesejáveis" e realçou que, nesse caso, "o lugar do Livre é na oposição".
"É um lugar digno, franco, leal. Fazemos uma oposição honesta, mas oposição frontal e franca", declarou, para logo acrescentar: "Um voto no Livre é um voto por uma solução que possa ser diferente, portanto, todos os votos que o Livre receba são votos que também permitem uma possibilidade de uma solução progressista".
Rui Tavares sublinhou que "o Livre é um partido de esquerda que serve para oferecer soluções à esquerda e para fazer uma oposição da dignidade, da cidadania e da atitude construtiva quando há uma maioria de direita".
O porta-voz nacional regressa hoje ao continente, depois de ter acompanhado durante três dias ações de campanha na Madeira e Porto Santo.
As legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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