O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, reiterou, esta sexta-feira, a necessidade do aumento dos salários e das pensões, após apresentada uma proposta de aumento salarial da função pública. "Basta de conversa e não arranjem desculpas, ilusões e falsas promessas", afirmou.
Na sede do partido, em Lisboa, Paulo Raimundo salientou que "o Governo tem de rejeitar as propostas patronais e, não, como tem sido feito, integrá-los na sua ação diária".
"Os sinais não são positivos, (...) o Governo não começa bem esta questão", relembrando a proposta do Executivo de um aumento salarial de cerca de 52 euros ou 2% em 2024 para os trabalhadores da administração pública, mantendo assim os valores que estavam previstos no acordo assinado há um ano.
Na ótica do secretário-geral, "assistimos uma brutal degradação no poder de compra em praticamente todos os setores e camadas, com particular destaque para os reformados". "Impõe-se um aumento de salários e reformas de 7,5% [aos reformados]", frisou.
Paulo Raimundo reforçou ainda que "a situação do país é uma profunda injustiça social, com impostos a menos para o capital e impostos a mais para os trabalhadores", firmando: "Isto tem de acabar".
"O PCP defende uma política de justiça fiscal sobre quem trabalha ou trabalhou uma vida inteira e mais impostos sobre o capital", acrescentou.
De recordar que o Governo propôs um aumento salarial de cerca de 52 euros ou 2% em 2024 para os trabalhadores da administração pública, mantendo assim os valores que estavam previstos no acordo assinado há um ano, afirmou, na quarta-feira, a Frente Comum.
"Num quadro em que o aumento do custo de vida é conhecido por todos, enormíssimo, em áreas como a habitação que nem sequer são contempladas na inflação, e pela própria inflação que se regista, é um valor que fica muito aquém da necessidade de reposição do poder de compra", defendeu Sebastião Santana, citado pela Lusa.
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