O deputado da Iniciativa Liberal (IL), Bernardo Blanco, acusou os ativistas da Climáximo, que pintaram esta quinta-feira a fachada da sede da REN em Lisboa, de vandalismo, considerando que, com as suas ações, puseram "mais portugueses contra o combate às alterações climáticas".
"Estes vândalos numa semana devem ter posto mais portugueses contra o combate às alterações climáticas do que os negacionistas numa década", declarou Bernardo Branco através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
"Não sei se é burrice ou intencional. Tudo pela fama. Nada pelo planeta", reiterou o liberal.
Estes vândalos numa semana devem ter posto mais portugueses contra o combate às alterações climáticas do que os negacionistas numa década.
— Bernardo Blanco (@BernardoMBlanco) October 5, 2023
Não sei se é burrice ou intencional.
Tudo pela fama. Nada pelo planeta. https://t.co/xOkyqFNZRE
De recordar que o grupo ativista Climáximo voltou a protagonizar um momento inédito na sua luta contra o uso de combustíveis fósseis, pintando de vermelho a fachada da sede da REN, em Lisboa.
É o terceiro dia de protestos levados a cabo por este grupo, após, na terça-feira, terem bloqueado o trânsito na 2.ª Circular, repetindo a façanha na quarta-feira, na rua de S. Bento.
A Climáximo, em comunicado, acusou a REN de ser "uma das empresas que declarou guerra à sociedade e ao planeta".
"Nos últimos dois dias parámos o funcionamento normal da sociedade para dizer às pessoas que precisam de parar de consentir, e que temos de resistir contra o genocídio que é a crise climática. Hoje, fomos a um dos atores mais responsáveis por este genocídio. A REN, responsável pela infraestrutura de gás fóssil em Portugal, pelo projeto de expansão do terminal de GNL em Sines e da construção de novos gasodutos", disse Alice Gato, uma das porta-vozes do grupo.
A ativista acusou a REN de estar "conscientemente a escolher manter e expandir a infraestrutura de gás fóssil em vez de parar estas armas de destruição em massa e implementar a transformação necessária em toda a rede elétrica", garantindo assim, "deliberadamente", a "morte de milhares de pessoas, todos os anos".
"Este é um dos crimes de guerra mais horrendos da história da humanidade, e não o deixaremos passar em branco", continuou, acrescentando que "a melhor forma de se comemorar o aniversário da implementação da República é retomar o direito à vida digna que está a ser roubado pelos governos e as empresas, travando a guerra que declararam à sociedade e ao planeta".
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