"Não vou interferir diretamente nisso, mas não quer dizer que não estou muito preocupado com a credibilidade das instituições, sejam políticas, sejam judiciais", disse Luís Montenegro, em Portimão, no distrito de Faro.
O líder social-democrata falava aos jornalistas à chegada à estação ferroviária de Portimão, depois de uma viagem de comboio entre Tunes, no concelho de Silves, e Portimão, no âmbito da iniciativa Sentir Portugal.
Luís Montenegro escusou-se a comentar as medidas de coação e o processo judicial que envolve o chefe de gabinete do primeiro-ministro e a "alimentar mais o desprestígio e a desconfiança que tem crescido a propósito das instituições da mais variada natureza".
"Neste momento, há um processo que tem a sua tramitação e temos de aguardar que as autoridades façam o seu trabalho", disse.
Montenegro rejeitou "fazer qualquer interferência no processo" judicial pedindo que deixem as autoridades de investigação "possam produzir o seu trabalho e as pessoas envolvidas possam ter os mecanismos para se defenderem".
"O que desejamos na justiça portuguesa é que ela tenha instrumentos para ser célere e eficiente e o que desejo é que as autoridades possam produzir o seu trabalho", defendeu.
Para o líder social-democrata, os partidos têm de ser intervenientes para dar confiança às pessoas para que elas acreditem nas instituições que as representam, seja ao nível do poder político, seja ao nível do poder judicial".
"Estou empenhado em oferecer isso a Portugal para os próximos anos e não vou alimentar mais o desprestígio e a desconfiança que tem crescido nas instituições", concluiu.
[Notícia atualizada às 14h12]
Leia Também: Pedro Nuno Santos "é última pessoa que pode falar de radicalismo"