"Nem de propósito realizamos este congresso neste 25 de novembro, quando o país vai ter novamente a oportunidade de dizer não ao 'gonçalvismo', hoje adornado numa versão moderna que se batizou como geringonça", afirmou.
Na intervenção de abertura do 41.º Congresso, em Almada, o líder social-democrata associou Pedro Nuno Santos - candidato à liderança do PS, e que, se vencer as eleições internas socialistas liderará o partido nas legislativas de março - ao antigo primeiro-ministro Vasco Gonçalves, próximo do PCP, e chefe dos II, III, IV e V Governos Provisórios.
A nacionalização da banca e dos seguros, a par da aceleração da Reforma Agrária, foram decisões emblemáticas do chamado "gonçalvismo", ainda hoje associado, para as forças de direita, à extrema-esquerda.
Disse Montenegro que o "mais fanático defensor" do "gonçalvismo" se chama "camarada Pedro e tem uma Cinderela chamada camarada Mortágua".
"Os princípios são os mesmos: nacionalizações, ocupação do aparelho do estado, baixos salários para todos, subsidiodependência, intolerância política, arrogância, degradação institucional e um novo desígnio socialista, bloquista e comunista, impostos máximos e serviços públicos mínimos", elencou.
Na sua primeira intervenção perante o congresso, o presidente do PSD indicou que a data e o local desta reunião magna social-democrata "não foram indiferentes", constituindo uma "oportunidade para lembrar aos portugueses que a liberdade nunca é um valor garantido em termos definitivos.
"A liberdade constrói-se e garante-se na base da moderação, tolerância e responsabilidade. Os extremismos, o radicalismo, a imaturidade, sejam de esquerda ou de direita subvertem a escolha livre e a plenitude dos valores democráticos", salientou.
Luís Montenegro não se referiu à proposta de alteração aos Estatutos que suscitou a convocação do 41.º Congresso, tema que ficou para o vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz.
[Notícia atualizada às 11h39]
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