Perante o 41.º Congresso, que "arrumou" a discussão e aprovação dos novos estatutos de manhã e reservou a tarde a intervenções políticas, José Pedro Aguiar-Branco recusou que o PSD esteja "entalado" no que toca à política de alianças.
"Explicam que o PSD está entalado, não. É o centro moderado que está entalado, são os milhões de portugueses de bom senso, que trabalham, que pagam os seus impostos, que estão entalados. Estão entalados entre os radicais de direita e os radicais de esquerda", disse.
Para Aguiar-Branco, "esses milhões de portugueses de bom senso que são as pessoas normais" querem confiar no PSD e votar no PSD.
"O PSD não lhes vai falhar", disse, antecipando que o partido dirá "missão cumprida no dia 10 de março" e que Luís Montenegro será primeiro-ministro.
Numa intervenção pontuada pela ironia, o ex-ministro da Defesa no governo de Passos Coelho disse que falaria sobre o futuro do PS para concluir que "para salvar" o PS "é preciso retirar-lhe o stress da governação".
"Todos sabemos que o grande tema vai ser o assunto onde a experiência do PS bate por `ko´ qualquer outro partido com assento parlamentar, o combate ao tráfico de influências e à corrupção. E já estamos todos a imaginar os grandes cartazes do PS sobre esta matéria", ironizou.
Sobre a campanha interna do PS, Aguiar-Branco criticou Pedro Nuno Santos por falar em "erros e cicatrizes", advertindo que "o maior erro do PS foi não ter percebido que todas as opções que se tomam tem consequências".
"Nos últimos 20 anos anos, Portugal teve três primeiros-ministros socialistas. Falam sobre erros e cicatrizes e que se aprende com os erros, como se o governo do país fosse uma questão de tentativa e erro", insurgiu-se.
Leia Também: Mesa do 41.º Congresso do PSD encerra antecipadamente trabalhos