Socialistas são "cristãos novos do equilíbrio das contas públicas"
O presidente do PSD afirmou hoje que os socialistas são "os cristãos novos do equilíbrio das contas públicas", que considera ter sido conseguido à custa de mais impostos e de "engavetar investimento" nos serviços públicos.
© Lusa
Política PSD/Congresso
Na intervenção de encerramento do 41.º Congresso do PSD, Luís Montenegro antecipou que, na sequência de anúncios do partido na área fiscal e social, já está a antecipar críticas de que o PSD "prometeu tudo a todos" ou que vai fazer o contrário do que quando foi Governo, no período da 'troika'.
"Quando esses cristãos novos nos vierem dizer isso, convém dizer que as contas equilibrados para o PSD são um pressuposto, uma condição da política pública, não o fim das políticas públicas", frisou.
Montenegro continuou na comparação com a religião, dizendo que "como normalmente acontece aos que não professam determinada fé até uma fase tardia, depois são mais fanáticos".
"Foi isso que o PS foi. As contas públicas portuguesas estão equilibradas sobretudo à custa de mais impostos e de engavetar os investimentos que eram necessários nos principais serviços públicos em Portugal", criticou, dizendo que, nesta matéria, os sociais-democratas "não são cristãos novos, mas cristãos por convicção".
Na sua intervenção, de cerca de 40 minutos, que foi sendo bastante aplaudida, até de pé, Montenegro recuperou o que defende em matéria de imigração e que considera distinguir-se dos restantes partidos.
"Nem podemos ter nem a porta escancarada, nem a porta fechada à chave", defendeu, reiterando como "bom caminho" atrair jovens estudantes estrangeiros e agregados familiares completos.
O presidente do PSD insistiu na intenção do partido em regulamentar a atividade do lobbying e de tentar criminalizar o enriquecimento ilícito, como formas de combate à corrupção.
"E temos sobretudo de ser nós a dar o exemplo de exigência ética no exercício de cargos públicos", afirmou.
Montenegro voltou também à ideia de aproveitar as capacidades dos setores públicos, privado e social em várias áreas, considerando que a visão que coloca o Estado contra as empresas "é uma visão tacanha que leva invariavelmente à pobreza e ao insucesso".
"Há partidos políticos que veem fantasmas e não percebem o essencial, as empresas e instituições sociais são nossas, da sociedade, são um património da coletividade e não um ente estranho", frisou.
Montenegro parafraseou o cantor e compositor Pedro Abrunhosa numa mensagem de mobilização para as eleições antecipadas de 10 de março.
"Nós só ganharemos -- e vamos mesmo ganhar -- por aquilo que vamos ser capazes de fazer e não apenas por aquilo que os outros não fizeram. Como diria um grande artista português, este é o momento para fazer o que ainda não foi feito", disse.
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