Deputados do PS, PCP e BE apelam a cessar-fogo "sustentado" em Israel

Um grupo de deputados do PS, PCP e BE apelaram hoje a um "cessar-fogo imediato, duradouro e sustentado" para travar a escalada de violência na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Israel, associando-se ao repto da ONU.

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Lusa
11/12/2023 16:58 ‧ 11/12/2023 por Lusa

Política

Israel/Palestina

Este apelo é assinado por 22 deputados portugueses, sendo 18 do PS (Isabel Moreira, Tiago Brandão Rodrigues, Jamila Madeira, Ivan Gonçalves, Miguel Costa Matos, entre outros), três do PCP (Paula Santos, Bruno Dias e Alma Rivera) e Joana Mortágua do BE.

"Por um cessar-fogo imediato, duradouro e sustentado levando à cessação da atual escalada de violência" é o título deste apelo, no qual os deputados referem que se associam ao "apelo da ONU e à exigência de milhões de pessoas por todo o mundo".

"Apelam ao estabelecimento de um cessar-fogo imediato, duradouro e sustentado que conduza à cessação da atual escalada de violência na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Israel", pode ler-se no documento ao qual a agência Lusa teve acesso.

Os deputados recordam que a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou no final de outubro uma resolução sobre a proteção dos civis e o cumprimento das obrigações legais e humanitárias tendo em conta "a deterioração da situação na Faixa de Gaza e nos restantes territórios palestinianos ocupados, incluindo Jerusalém Leste, e em Israel".

Entre outros aspetos, as Nações Unidas apelavam nessa resolução "a uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza à cessação das hostilidades" e exigiam "o fornecimento imediato, contínuo, suficiente e sem entraves de bens e serviços essenciais aos civis em toda a Faixa de Gaza".

"Apela à revogação da ordem de Israel, a potência ocupante, aos civis palestinianos e ao pessoal das Nações Unidas, bem como aos trabalhadores humanitários e médicos, para evacuar todas as áreas da Faixa de Gaza a Norte do Wadi Gaza e deslocarem-se para o Sul de Gaza", acrescentava o mesmo texto da ONU, segundo o qual a solução "justa e duradoura para o conflito israelo-palestiniano só pode ser alcançada por meios pacíficos" e respeitando o direito internacional.

O número de mortos em Gaza devido à ofensiva de Israel ultrapassa os 18 mil e os feridos os 49.200, segundo um relatório divulgado hoje pelo Ministério da Saúde da Faixa, controlado pelo Hamas.

Por seu lado, o exército israelita aumentou para 430 o número de mortes nas suas fileiras desde o ataque do Hamas a Israel em 07 de outubro, incluindo 101 desde que a ofensiva na Faixa começou no dia 27 desse mês

O ataque do grupo islâmico causou quase 1.200 mortes e cerca de 240 pessoas foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza.

Há quase 1,9 milhões de pessoas deslocadas internamente em Gaza, cerca de 80% da sua população de cerca de 2,3 milhões de habitantes, com uma grave crise humanitária.

Leia Também: Costa diz que "destruir o Hamas não significa destruir a Palestina"

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