O candidato a secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, comentou esta terça-feira que uma vitória do Partido Social Democrata (PSD) nas eleições antecipadas, marcadas para o dia 10 de março, "resultará numa ingovernabilidade, na incapacidade de criar um Governo".
O socialista afirmou ainda que o PS será a solução para a "estabilidade política" do país.
"O PSD não vai conseguir governar, o líder do PSD já disse que não governava se ficasse em segundo, não governava com o Chega. A não ser que o PSD tenha maioria absoluta, não vai conseguir governar. Como não é credível que o PSD venha a ter maioria absoluta, aquilo que nós sabemos é que uma vitória do PSD resultará numa ingovernabilidade, na incapacidade de criar um Governo", acusou o candidato em declarações aos jornalistas, em Lisboa, realçando que, para garantir estabilidade política nos próximos anos, "só com uma vitória do PS".
Pedro Nuno Santos espera que o partido "tenha um bom resultado" nas eleições e afirmou que "é para isso que vamos lutar" até ao dia 10 de março.
"Obviamente que em qualquer solução de governo, um acordo dá-lhe mais garantias de estabilidade, sobre isso não tenho qualquer dúvida", destacou ainda.
Dissolução e eleições? "Foi decidido, está decidido"
Pedro Nuno Santos afirmou também que está de acordo com o primeiro-ministro António Costa, na sequência das suas declarações numa entrevista à TVI/CNN Portugal na segunda-feira, onde referiu que o Presidente da República errou na avaliação que fez e que levou à dissolução da Assembleia da República.
"Não estou em desacordo, antes pelo contrário. Acho, no entanto, que já temos eleições marcadas e o foco, pelo menos o meu, já está no 10 de março e não no que entretanto foi decidido pelo Presidente da República. Foi decidido, está decidido", atirou.
Já no que diz respeito ao salário mínimo nacional, PNS declarou que "tem de continuar a aumentar" e isso "é certo". "A meta, em concreto, ainda não está fechada", ressalvou.
Quanto à progressão de carreira dos professores, o ex-ministro das Infraestruturas salientou que pretende conciliar dois objetivos: "A recuperação integral do tempo de serviço e o controlo das contas públicas", uma vez que devido aos "custos reais da medida", ter-se-á que fasear "de forma a que seja compatível repor o tempo de serviço com o cumprimento das metas orçamentais".
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