"Portugal só será um país desenvolvido, um país rico, se for capaz de aproveitar na plenitude o seu território, se deixar de aceitar que há regiões que ficam sempre para depois", afirmou, durante um encontro com militantes e simpatizantes socialistas do distrito de Faro.
O candidato à sucessão de António Costa na liderança do PS frisou que o país não pode ser "reduzido a uma pequena e estreita faixa do litoral entre Braga e Setúbal" e que "Portugal inteiro é um país que não deixa nenhuma região para trás".
"O centralismo é uma realidade em Portugal, ainda hoje. E o centralismo tem uma explicação: ao longo dos anos, nós fomos insistindo sempre no mesmo sítio", referiu.
O despovoamento do território, prosseguiu Pedro Nuno Santos, "não aconteceu por acaso", aconteceu porque o país foi adotando, "durante muitas décadas, as políticas erradas".
O candidato a secretário-geral do PS defendeu que "a melhor forma de uma região se desenvolver é ser gerida pelos próprios" e que os cidadãos de cada região devem "tomar nas suas mãos os destinos das suas regiões".
"A regionalização é um dos nossos maiores desafios. Não põe em causa a coesão nacional, pelo contrário, garante-a. Nós só teremos coesão nacional com um desenvolvimento harmonioso. Um dos passos que falta dar em Portugal é dar instrumentos às regiões para que possam fazer o seu caminho", sustentou Pedro Nuno Santos.
O candidato à liderança do PS afirmou ainda que "há muitos problemas que persistem no país", que os socialistas "assumem", e que a melhor forma de os resolver "é ouvindo as pessoas, é estando próximo delas, é sentindo os problemas dos outros, é ter empatia com os problemas dos outros".
"Este é um dos nossos desafios: ter a capacidade de ouvir, de estar próximo, de sentir. E quando o fazemos, nós governamos bem. Quando nós somos capazes de ouvir o outro, normalmente, nós governamos bem", sublinhou.
Além de Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro e Daniel Adrião são os outros candidatos à liderança do PS, com eleições marcadas para 15 e 16 de dezembro.
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