"Fecha-se um ciclo". Carla Castro não será candidata a deputada da IL
A deputada decidiu "não aceitar o convite" de integrar o sétimo lugar, "eventualmente quinto ou sexto", da lista da Iniciativa Liberal pelo círculo eleitoral de Lisboa.
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Política Iniciativa Liberal
A deputada da Iniciativa Liberal (IL), Carla Castro, anunciou, esta sexta-feira, que não irá integrar a lista do partido nas próximas eleições legislativas, marcadas para 10 de março. Para a liberal, "fecha-se agora um ciclo" e irá "reequacionar" nos próximos tempos o seu "papel na vida política ativa".
Num comunicado, enviado ao Conselho Nacional da Iniciativa Liberal e divulgado pela própria nas redes sociais, Carla Castro, que disputou a liderança do partido com Rui Rocha em janeiro, revelou que foi convidada pelo vice-presidente, Ricardo Pais de Olveira, "para ocupar o sétimo lugar, 'eventualmente quinto ou sexto'", da lista de deputados da IL pelo círculo eleitoral de Lisboa. No entanto, decidiu "não aceitar".
"Após ter demonstrado a minha disponibilidade, que estaria naturalmente sujeitas às normais condições de trabalho político, para incorporar a lista de deputados da IL às próximas Eleições Legislativas pelo círculo eleitoral de Lisboa, fui convidada pelo Vice-Presidente Ricardo Pais de Oliveira, a quem agradeço, para ocupar o sétimo lugar, 'eventualmente quinto ou sexto'. Decidi não aceitar o convite", anunciou na rede social X (antigo Twitter).
Partilho por esta via, tendo sido já tornado pública a decisão, a declaração que enviei ao Conselho Nacional da Iniciativa Liberal.
— carla castro (@carlacastroPt) December 15, 2023
Após ter demonstrado a minha disponibilidade, que estaria naturalmente sujeitas às normais condições de trabalho político, para incorporar a lista…
"Gostaria de vos reiterar que é com enorme honra que servi, e estou a servir, como deputada", garantiu, acrescentando que acredita "uma política resolutiva" e "baseada em princípios sólidos, com metas definidas, com uma perspetiva de serviço público e comprometida com a construção de um Portugal mais liberal".
"Para fazer as reformas que o país tão precisa, temos de saber falar com quem pensa diferente de nós, com quem tem outras certezas e quer igualmente fazer a diferença. O discurso político agudizou-se e é preciso dentro e fora dos partidos e num espaço moderado, chegar a consensos e abrir pontes. A par de determinação e reformismo, defendo uma cultura de colaboração em detrimento de uma cultura de contestação", escreveu.
Carla Castro garantiu que continuará a ser "liberal, reformista e praticante do desassossego construtivo".
"Continuo economista, gestora, e eu própria. Fecha-se agora um ciclo, indo nos próximos tempos reequacionar o meu papel na vida política ativa", acrescentou, reiterando a "convicção que quando lutamos em coerência com o que acreditamos, a vida pública vale sempre a pena".
Em comunicado, enviado ao Notícias ao Minuto, a Iniciativa Liberal adiantou que "nos últimos dias, foram efetuados contactos com várias pessoas, membros do partido e independentes, no contexto do processo de elaboração das listas de candidatos" às legislativas do próximo ano.
"A deputada Carla Castro foi contactada num primeiro momento com o objetivo de averiguar o seu interesse em integrar as listas. A resposta foi afirmativa", explicam os liberais, que acrescentam que a deputada foi posteriormente "informada de que a Comissão Executiva, após consulta das recomendações dos núcleos locais do distrito de Lisboa e reflexão, teria disponibilidade para a integrar na lista de Lisboa num lugar elegível entre o 5º e o 7º lugares, a fechar em reunião de CE".
A deputada liberal informou então que "recusava o convite" e, por isso, "a lista por Lisboa aprovada pela Comissão Executiva que seguirá para votação do Conselho Nacional não integra o seu nome".
Carla Castro, recorde-se, abandonou o cargo de vice-presidente da bancada parlamentar da Iniciativa Liberal em maio. Na altura, justificou a decisão por entender que "os cargos devem ter efetivo exercício dos mesmos" e não é isso "que está a acontecer".
Em janeiro, havia disputado a liderança do partido após a saída de João Cotrim Figueiredo. Na primeira vez na sua história em que teve mais do que uma lista à liderança, o presidente eleito dos liberais, Rui Rocha, conseguiu 51,7% votos dos membros inscritos, enquanto a lista de Carla Castro teve 44% dos votos, e a de José Cardoso 4,3%.
[Notícia atualizada às 15h09]
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