Gémeas? "Portas abertas para quem pode utilizar determinados nomes"

A ex-coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) comentou ainda a mensagem de Natal de António Costa, destacando que as palavras utilizadas pelo primeiro-ministro demissionário "descolam da realidade".

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Daniela Carrilho
26/12/2023 11:03 ‧ 26/12/2023 por Daniela Carrilho

Política

Catarina Martins

A antiga líder do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins comentou, na segunda-feira, as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que lamentou não ter tido conhecimento sobre a reunião entre o filho, Nuno Rebelo de Sousa, e o então secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, sobre o caso das gémeas luso-brasileiras, dizendo que antes de ser uma questão política, este é "um problema familiar".

"Sinto-me bastante desconfortável nesta matéria porque temos assistido de facto a um problema quase familiar, discutido em praça pública. Nada da forma como este caso tem sido debatido tem ajudado, nem mesmo as declarações do Presidente da República", frisou Catarina Martins, em comentário no Linhas Vermelhas da SIC Notícias, destacando que "há várias investigações em curso", que deverão dizer "alguma coisa ao país rapidamente".

"Precisamos de um país em que não hajam portas abertas para quem pode utilizar determinados nomes", acrescentou ainda a bloquista, referindo que não irá comentar a atuação do filho de Marcelo Rebelo de Sousa, uma vez que não se trata de uma figura pública.

Mensagem de Natal de Costa? "Descola da realidade"

Sobre a mensagem de Natal do primeiro-ministro - que afirmou que deixa "um país melhor" ao fim de oito anos de liderança - Catarina Martins declarou que esta é "diferente das outras", porque é "a última" e, por isso, António Costa "tenta pôr o foco nisso mesmo".

"É uma mensagem que fica um pouco estranha para o país. Eu retive uma frase do senhor primeiro-ministro que era sobre a tranquilidade do dia-a-dia das famílias, mas o dia-a-dia das famílias é marcado por salários que não chegam ao fim do mês, que estão a ser comidos pela inflação, pelas prestações da casa e pelas rendas que estão a galopar, pelas urgências que vão encerrando à vez, pelas dificuldades da educação", entre outras.

Por isso, a comentadora destaca que as palavras utilizadas por Costa, como 'tranquilidade', 'confiança' e o 'juntos' "descolam da realidade".

Leia Também: "Igual a si", fora do "país real": Críticas à mensagem de Natal de Costa

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