Numa nota enviada a agência Lusa, o partido indica que o órgão máximo entre congressos vai reunir-se na sede nacional do partido, em Lisboa.
Na ordem de trabalhos consta a "apresentação, discussão e votação do acordo de coligação eleitoral Aliança Democrática para as eleições legislativas de 10 de março de 2024 e eleições europeias de 09 de junho de 2024, bem como discussão e votação do mesmo acordo de coligação pelos círculos eleitorais da Madeira e dos Açores".
Fonte da direção do partido indicou à Lusa que o órgão máximo do CDS-PP entre congressos vai voltar a reunir-se no dia 15 de janeiro para votar as listas de candidatos a deputados.
De acordo com os estatutos do partido, cabe ao Conselho Nacional "deliberar sobre a constituição de coligações com outros partidos".
Também o PSD vai reunir o seu Conselho Nacional em 04 de janeiro, em Braga, para aprovar a coligação com o CDS-PP e novamente no dia 15 para aprovar os candidatos a deputados.
A 21 de dezembro, os presidentes do PSD e do CDS-PP, Luís Montenegro e Nuno Melo, anunciaram que iriam propor aos órgãos nacionais dos seus partidos uma coligação pré-eleitoral, a Aliança Democrática, para as legislativas de março e as europeias de junho, que incluirá também "personalidades independentes".
"Os presidentes do Partido Social Democrata e do CDS-Partido Popular acordaram hoje propor aos órgãos nacionais dos respetivos partidos a celebração de um acordo político para a formação da Aliança Democrática, uma coligação pré-eleitoral com o horizonte do atual ciclo político, abrangendo as eleições legislativas e europeias de 2024", refere um comunicado conjunto dos dois partidos.
Na nota à imprensa, intitulado "Constituição da Aliança Democrática" (o nome das primeiras coligações celebradas entre PSD e CDS-PP nos anos 80, mas que está a ser contestada pelo PPM, que também as integrou então), refere-se que este acordo está "em sintonia com os compromissos regionais para as eleições nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores de 2023 e 2024, respetivamente, e com os entendimentos de base local para as eleições autárquicas de 2025".
Ainda não são conhecidos os termos do acordo de coligação, mas várias fontes apontam que o CDS-PP - que perdeu representação parlamentar nas últimas legislativas - terá direito a dois lugares elegíveis (e mais dois na zona cinzenta de eleição) nas listas de candidatos a deputados.
De acordo com a lei eleitoral, as listas de candidatos a deputados têm de ser entregues até dia 29 de janeiro.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 07 de novembro, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
A campanha eleitoral para as legislativas vai decorrer entre 25 de fevereiro e 08 de março.
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