"Não dou valor a supostas notícias que resultam de uma filtração. Toda a gente percebe que [essa notícia] é seletiva, interessada", declarou Augusto Santos Silva à chegada ao 24.º Congresso Nacional do PS, na Feira Internacional de Lisboa (FIL).
Uma notícia publicada hoje pelo "Observador" refere que António Costa é suspeito de alegada prática de crime de prevaricação pela aprovação do novo Regime Jurídico de Urbanização e Edificação no Conselho de Ministros de 19 de outubro -- um diploma que terá beneficiado ao objetivo da empresa Start Campus no sentido de instalar um centro de dados em Sines.
O presidente da Assembleia da República apenas acrescentou sobre este caso que importa "esperar tranquilamente pelo desenvolvimento do processo na única sede em que deve fazer-se: Na justiça".
"Vamos deixar à justiça o que é da justiça", repetiu.
No plano político, Augusto Santos Silva recusou que os desenvolvimentos da Operação Influencer possam manchar o Congresso do PS.
"Deste congresso, vai sair um PS unido, inteiro, vivo, determinado. Eu, como o PS, estamos disponíveis para prosseguir um trabalho que foi interrompido não por nossa vontade", declarou, aqui numa crítica à decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas para 10 de março.
O ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros também não fechou à porta à possibilidade de voltar a integrar as listas de candidatos a deputados do PS e poder ser reconduzido nas funções de presidente da Assembleia da República.
"Estou disponível para continuar a servir. Sou também professor universitário. E qualquer desses dois casacos me serve bem", declarou.
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