Num discurso na sessão de abertura do 24.º Congresso Nacional do PS, em Lisboa, Duarte Cordeiro considerou que a reunião magna socialista se realiza após "uma crise política indesejada pelos socialistas, mas desejada e promovida pela Direita".
"Uma crise provocada para perturbar o normal funcionamento das instituições, e cujo resultado foi interromper uma legislatura importante, onde estão em curso reformas fundamentais para melhorar a vida dos portugueses", afirmou.
Para o também ministro do Ambiente e da Ação Climática, a atual crise política "afetou a estabilidade que todos os portugueses desejam, em especial os que votaram no PS nas últimas legislativas".
O presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS ressalvou, contudo, que apesar das "circunstâncias e da adversidade", "o PS cresce", acrescentando que a história do partido mostra que é precisamente em momentos como o atual que o partido se deve levantar.
"Podem tentar provocar-nos, como fizeram ontem ou hoje, mas não nos derrotarão porque, como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e, quanto mais a luta aquece, mais força tem o PS", referiu, acrescentando que não conseguirão "quebrar a relação de confiança" dos socialistas com os portugueses.
Dirigindo-se a António Costa, Duarte Cordeiro destacou o legado do primeiro-ministro, em particular a sua "capacidade de estabelecer um diálogo à esquerda", mas também "o aumento dos salários e das pensões" ou ainda as medidas implementadas a nível do clima.
Já relativamente ao novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, Duarte Cordeiro destacou a sua "força, carisma, determinação e convicções", e antecipou que o congresso será "um momento de unidade, ambição e confiança", que demonstrará aos portugueses a "força e energia" do PS.
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