"O PS para o futuro é um partido de continuidade e de renovação para construir uma social-democracia transformadora", afirmou Alexandra Leitão, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), onde decorre desde sexta-feira o 24.º Congresso Nacional do PS.
Numa intervenção para apresentar a moção política de orientação nacional de Pedro Nuno Santos, intitulada "Portugal inteiro", a deputada do PS descreveu-o como um documento que "assenta numa visão progressista e reformista para Portugal" e acentuou a ideia de que tem uma "lógica de continuidade com renovação".
O projeto do novo secretário-geral do PS "aposta num Estado transformador, que invista em infraestruturas e tenha uma estratégia de inovação que apoie as empresas" para "graduar o perfil produtivo e reindustrializar" a economia portuguesa, acrescentou.
"Só uma economia sofisticada poderá pagar melhores salários e ter condições de trabalho mais dignas, tanto no setor privado como no setor público", argumentou Alexandra Leitão.
O PS vai "investir mais nos serviços públicos", para garantir um Serviço Nacional de Saúde (SNS) "universal, forte e resiliente", uma escola pública "de qualidade", bem como "um sistema público de pensões sustentável e uma forte pública de habitação que assegure a todos uma habitação digna", prosseguiu.
"E vamos continuar e intensificar o combate à pobreza, reforçar os apoios aos idosos e apostar nos jovens", prometeu.
A ex-ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública ressalvou, depois, que o equilíbrio orçamental não será posto em causa pela nova liderança do PS.
"Alavancar o crescimento económico, investir nos serviços públicos e reforçar direitos sociais, mantendo controlo da despesa pública e a trajetória do défice orçamental e da dívida pública -- este é um equilíbrio possível, este é um equilíbrio desejável e este é um equilíbrio que vamos cumprir", declarou.
No fim da sua intervenção, Alexandra Leitão assinalou que "2024 é um ano cheio de safios eleitorais", com eleições nos Açores, legislativas e europeias e afirmou: "Não nos deixaremos intimidar nem tolher. Este Congresso marca o início de um caminho vitorioso para esses atos eleitorais".
Além da moção política de orientação nacional de Pedro Nuno Santos, estão em debate no Congresso do PS as moções de José Luís Carneiro e Daniel Adrião, candidatos derrotados à liderança do PS, que serão votadas em alternativa no domingo.
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