A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, alertou, esta terça-feira, que a exploração de caulinos no concelho de Soure, distrito de Coimbra, "vai deixar um rasto de destruição" no local. "Vai destruir as culturas locais, do arroz, vai poluir o Mondego" e "vai muito provavelmente trazer graves problemas de saúde pública, respiratórios", disse.
Em declarações aos jornalistas, a bloquista argumentou que "era preciso que Portugal já tivesse aprendido que não podemos vender o nosso território, aquilo que temos de mais precioso".
"Passar por cima de autarquias, da vontade do povo e das populações, em nome do favorecimento de meia dúzia de empresas estrangeiras que não deixam aqui ficar nada e que só querem sugar os nossos recursos e ultrapassar todas as regras ambientais", lamentou.
Nas mesmas declarações, Mortágua disse que "não pode haver uma economia sustentável sem respeito pela população e pelo ambiente", pelo que o Bloco de Esquerda marcou presença no concelho, para assumir "o compromisso para que se trave a exploração de caulinos no concelho de Soure", como antes estiveram "com a população da serra da Argemela para que se trave a exploração de lítio".
"Temos assistido a notícias sobre a seca no Algarve. Isto é o que vai acontecer se não pararmos esta economia de destruição, estes projetos que não trazem nenhum benefício para o país e que estão a destruir o ambiente e vão tornar Portugal um país inabitável daqui a algumas dezenas de anos", criticou ainda Mariana Mortágua.
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