"Não há nenhuma possibilidade de um Governo de Esquerda sem PCP e CDU"

Declarações de Paulo Raimundo em reação à última sondagem, que coloca o PS na frente das intenções de voto dos portugueses nas Legislativas.

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Notícias ao Minuto com Lusa
23/01/2024 12:22 ‧ 23/01/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Paulo Raimundo

O secretário-geral do PCP reagiu, esta terça-feira, a partir de Faro, à sondagem mais recente, que coloca o PS na frente das intenções de voto dos portugueses nas Legislativas, a Aliança Democrática (AD) em segundo lugar e o Chega como terceira força política.

Confrontado com a possibilidade de os comunistas (que têm apenas 3,9% da intenção de votos dos portugueses na sondagem da Intercampus) se juntarem ao PS, Paulo Raimundo realçou que "não há nenhuma possibilidade um Governo ou uma política de Esquerda em Portugal sem a participação do PCP e da CDU e muito menos contra o PCP e a CDU".

No entanto, para o líder dos comunistas "a questão fundamental não são os arranjos finais após dia 10 de março".

"A questão fundamental é: Há ou não há condições para aumentar significativamente os salários, para acabar com a precariedade, para que as pessoas tenham acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), para que as pessoas tenham acesso à habitação, para o aumento das reformas. Há ou não há condições para as pessoas olharem para o presente e para o futuro?!", atirou.

"Tudo o que seja fora disso", defendeu Paulo Raimundo, "é para nós nos entretermos com arranjos que não têm nenhuma solução na vida das pessoas".

Para o secretário-geral do PCP, o voto de protesto deve assim ser encaminhado nas eleições legislativas de março para a CDU, que considerou ser a única solução para quem quer dar um "safanão nisto tudo".

"O voto no PCP e da CDU é sempre um voto de protesto, que alia o protesto às soluções. Esta é a grande diferença. Aqueles que estão disponíveis para dar um safanão nisto tudo, como se costuma ouvir na rua, a única solução que têm é votar no PCP e na CDU", afirmou o dirigente comunista.

Segundo Paulo Raimundo, é o PCP e a coligação com Os Verdes que dão "o verdadeiro safanão" aos grupos económicos que "têm os 25 milhões de euros de lucros por dia, enquanto há milhares e milhares de pessoas apertadas, que não conseguem pagar as suas contas da água e da luz".

Minutos depois, no breve discurso às dezenas de apoiantes presentes na ação, o secretário-geral do PCP reconheceu que existe um "sentimento brutal de injustiça", mas reiterou que "não vale a pena" pegar nesse voto de protesto e entregá-lo "a partidos que mais não são do que marionetas e atrelados na trela desses mesmos grupos económicos e ao serviço deles".

Em relação à viabilização de uma reedição da geringonça após as eleições de 10 de março, Raimundo garantiu que "não há nenhuma possibilidade de haver um governo de esquerda em Portugal sem a participação do PCP e da CDU, muito menos contra o PCP e a CDU".

[Notícia atualizada às 14h52]

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