"Como é que AD consegue lançar-se neste leilão de promessas sem corar?"

O PS acusou hoje a Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) de se lançar num leilão de promessas antes das eleições sobre descidas de impostos e aumentos de despesa, mas sem elogiar a política económica seguida nos últimos anos.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
24/01/2024 16:59 ‧ 24/01/2024 por Lusa

Política

Eleições

Esta posição transmitida pelo líder parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias, na reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República, depois de referir que a AD promete "descida do IRC, do IRS, eliminação do IMT (Imposto Municipal sobre Transações) na compra de primeira habitação para os jovens, reposição integral do tempo de serviço dos professores, universalidade das creches e aumento dos vouchers para consultas médicas no setor privado".

"Tudo isto enquanto se garante o equilíbrio orçamental e se acelera a redução da dívida pública. Como é que a AD (PSD, CDS e PPM) consegue lançar-se neste leilão de promessas sem corar de vergonha? Ou até sem fazer um elogio à política económica e orçamental dos últimos anos?", interrogou-se Eurico Brilhante Dias.

Para o presidente do Grupo Parlamentar socialista, "tanta promessa só é possível porque, seguramente, os governos do PS restauraram a confiança dos portugueses, dos agentes económicos e das instituições internacionais!".

"Um recuperar de credibilidade que parece libertar o génio da lâmpada mágica a quem tudo é possível", apontou.

Eurico Brilhante Dias considerou a seguir que "os portugueses já estão habituados ao não cumprimento da palavra dada pela direita antes de eleições".

"Basta recordar o que foi o Governo de Passos Coelho, cuja bancada parlamentar era então liderada por Luís Montenegro -- e já agora fortemente aplaudida pelo líder do partido da extrema-direita parlamentar. Se é verdade que nos últimos 28 anos o PS governou 21, não é menos verdade que sempre que o povo português entregou a governação à direita teve como consequência austeridade nas suas vidas, aumento do desemprego, cortes de rendimentos -- salários e pensões --, enormes aumentos de impostos, enfim, o verdadeiro empobrecimento. Ou seja, tudo ao contrário do que prometeram ao país", advertiu.

Na sua intervenção, o líder da bancada socialista classificou ainda como "espantoso que quem sempre criticou o Governo por empobrecer o país venha agora afirmar que é possível permitir dar tudo a todos".

"O país está assim tão mal ou, pelo contrário, por ação e governação do PS, Portugal e os portugueses estão hoje melhor do que estavam em 2015?", questionou.

Em contraponto, advogou que o PS "é a única força política capaz de garantir previsibilidade e estabilidade à vida das famílias e das empresas portuguesas".

"O PS está, como sempre, preparado para se submeter ao voto dos portugueses, contando para isso com uma equipa experiente e motivada, na certeza de que apresentará um programa eleitoral sólido e mobilizador sem impor experimentalismos aos cidadãos. Para nós, há uma convicção absoluta -- e diria mesmo irrevogável - de que só o PS pode fazer melhor do que o PS", acrescentou.

Leia Também: Brilhante Dias cabeça de lista do PS em Leiria e Ana Abrunhosa em Coimbra

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