"O balanço é muito positivo. Fico satisfeito por perceber que o nosso eleitorado está a ficar atento. Tenho tido um bom apoio de rua. As pessoas estão entusiasmadas com o nosso projeto, mesmo reconhecendo que é um projeto que está há três meses aqui nos Açores", afirmou Carlos Furtado, em declarações à agência Lusa, pelo telefone.
O também cabeça de lista do JPP pelos círculos de São Miguel e de compensação às eleições legislativas regionais antecipadas dos Açores, marcadas para domingo, sustentou que o partido tem feito "um trabalho sério".
Segundo Carlos Furtado, durante a campanha foi também possível ver o reconhecimento das pessoas ao trabalho que desenvolveu no parlamento açoriano, enquanto deputado independente.
Carlos Furtado, que nas últimas legislativas regionais (em 2020) foi eleito deputado do Chega, tendo passado depois a independente, garantiu que as pessoas têm reconhecido o seu "trabalho responsável" na Assembleia Legislativa Regional.
"Os eleitores que confiarem em nós seguramente vão perceber o que é ter um partido que acima de tudo foi o único que frontalmente foi sempre dizendo, durante a campanha, que a Azores Airlines não é para ser vendida, enquanto PS, PSD, Chega, PAN e IL, todos defendem que o processo de privatização é para avançar. Nós não defendemos isso", sublinhou o candidato, reiterando que a Azores Airlines, que assegura ligações com o exterior do arquipélago, "tem é de ser gerida de forma responsável, mas sempre na esfera regional".
Carlos Furtado voltou a defender a eleição de um deputado do JPP, ambicionando que o partido seja "um dia a terceira força partidária" na região.
O secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, relembrou que o partido é estreante em eleições regionais nos Açores e que não teve muito tempo para se estabelecer.
"Temos a implantação do partido há apenas dois meses", recordou, Élvio Sousa, à Lusa, considerando, no entanto, que as expetativas sao "muito interessantes" quantos aos resultados do partido no domingo.
"As pessoas falam comigo e acham o Carlos Furtado uma pessoa honesta e hoje em dia na política as pessoas considerarem que um candidato, um político, é serio é uma raridade", referiu.
O secretário-geral do JPP disse que caso o partido não consiga eleger nenhum deputado nos Açores, a estrutura partidária vai continuar "a semear com mais tempo" o seu projeto nos Açores.
"Ter uma extensão do partido JPP, um partido nascido na Região Autónoma da Madeira, isto é uma irmandade autonómica", vincou ainda.
O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para domingo, após o chumbo do Orçamento para este ano.
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
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