A deputada do PAN Madeira, Mónica Freitas, disse, esta quarta-feira, que "seria excelente que o Presidente [da República] já pudesse dar alguns sinais à Madeira do que é que pretende para o futuro". Mónica Freitas realçou, no entanto, que o partido tem de trabalhar com o que tem e para "dar resposta às pessoas".
Após uma reunião com o Representante da República, Ireneu Barreto, o PAN Madeira realçou que "manterá o compromisso que assumiu, em setembro passado, de garantir esta estabilidade e de dar esse apoio em prol da população".
Mónica Freitas falou ainda de uma revisão do acordo anteriormente feito com o Partido Social Democrata (PSD). "Para nós era essencial que esses dois projetos [estrada das ginjas e teleférico] fossem revistos e, no âmbito do acordo que tínhamos com o PSD e, no entanto, os mesmos estão suspensos", afirmou Mónica Freitas. Assim, a pavimentação da Estrada das Ginjas e a construção de um teleférico na freguesia do Curral das Freiras serão suspensos, conforme foi imposto pelo partido para apoiar a formação de um novo executivo.
Questionada sobre quem é o interlocutor do PSD, Mónica Freitas garantiu que o PAN fala sempre com o líder parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos, "até porque o acordo é de incidência parlamentar". "Estamos em permanente contacto para a negociação e para o diálogo", garantiu a deputada do PAN.
Mónica Freitas, deputada única na Assembleia Legislativa da Madeira, que garante a maioria parlamentar ao executivo PSD/CDS-PP, reiterou a disponibilidade para apoiar um novo Governo Regional, com a revisão do acordo assinado após as eleições regionais de setembro do ano passado.
Sobre o facto de não defender eleições antecipadas, o PAN referiu que não está "preocupado com cenários hipotéticos". "Aquilo que nos preocupa é a situação atual, garantir alguma estabilidade e dar alguma segurança às pessoas", referiu.
Mónica insistiu em que, independentemente da eventual decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de marcar eleições antecipadas, é necessário trabalhar com os dados atuais.
"Se houver condições para, de facto, formarmos um novo governo, houver hipótese de aprovar um programa e um orçamento, isso não invalida qualquer decisão que seja tomada [...]. Mas, até lá, o trabalho continua, a nossa agenda continua e temos que, de facto, garantir a estabilidade e condições governativas à população", acrescentou.
[Notícia atualizada às 17h59]
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