"Não será ação menos feliz que marca protesto das forças de segurança"

Paulo Raimundo falou sobre os protestos das autoridades que aconteceram na segunda-feira, enquanto o grande último debate - entre PS e AD - decorria.

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Teresa Banha
21/02/2024 15:26 ‧ 21/02/2024 por Teresa Banha

Política

Paulo Raimundo

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, reagiu, esta quarta-feira, aos protestos dos polícias no Capitólio durante o debate eleitoral entre os lideres da Aliança Democrática e Partido Socialista, que levou a IGAI a abrir um processo para esclarecer a situação.

"Acho que se há alguém que respeita a Constituição, se há alguém que atribui a sua vontade ao dia-a-dia do funcionamento da sociedade, entre muita gente, há homens e mulheres das forças de segurança - com uma grande responsabilidade e dedicação à causa pública. Acho que aquilo que é o sentimento da larga maioria desses agentes da PSP, GNR e guardas prisionais é um sentimento de não permitir que não se abandonem as reivindicações, não se permitir que se esqueçam os problemas que têm - condições de trabalho, salários, subsídio de risco - num quadro em que se desenvolva a seu favor e não contra eles próprios", considerou, em declarações aos jornalistas, em Lamego, no distrito de Viseu.

Questionado sobre se a manifestação, que aconteceu na segunda-feira, foi uma falta de responsabilidade, Paulo Raimundo considerou que neste momento se enfrentam problemas "muito significativos e que não são de agora", tendo sim dezenas de anos.

"Aquilo que tem marcado os protestos e ações das forças de segurança tem sido um grande respeito, um grande compromisso com a democracia e constituição - e naturalmente que não será esta ou aquela declaração mais inflamada ou esta ou aquela ação menos feliz que vai marcar aquilo que foi e é o protesto das forças de segurança", justificou.

Paulo Raimundo defendeu ainda que o que marcou o dia em causa foi "a grande ação que se desenvolveu" no Terreiro do Paço. "Tudo o resto são iniciativas que só responsabilizam os próprios que nela participaram", apontou.

Na segunda-feira, após uma concentração que juntou na Praça do Comércio, em Lisboa, cerca de 3.000 elementos da PSP e da GNR, muitos seguiram para o Capitólio, onde decorreu o debate eleitoral entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, numa marcha espontânea que não foi autorizada.

Entretanto, o diretor nacional da PSP determinou a realização de um inquérito interno sobre as circunstâncias do protesto de agentes daquela polícia junto Capitólio, tendo em "conta o eventual envolvimento de polícias da PSP numa ação não comunicada".

Leia Também: IGAI abre processo para esclarecer concentração de polícias no Capitólio

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