"PNS demitiu-se. Que autoridade moral tem para falar de bagunça?"

O líder social-democrata, que se coligou com o CDS-PP e o PPM aponta que "quem mudou de posição" foram os socialistas.

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Teresa Banha
21/02/2024 16:13 ‧ 21/02/2024 por Teresa Banha

Política

Luís Montenegro

O presidente da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, respondeu, esta quarta-feira, às críticas do líder socialista, Pedro Nuno Santos, que ontem o acusou de "não saber liderar o seu campo político nem a Direita em Portugal". 

"Ponho-me no lugar de um português em casa e diz assim: 'Como é que este senhor é capaz de estar a falar nestes termos, com esta linguagem, relativamente a entendimentos entre partidos, quando o Governo de que ele fez parte - e do qual se demitiu - caiu pela bagunça interna no seu próprio partido. Acho que Pedro Nuno Santos, em vez de falar das pseudo-bagunças dos partidos devia olhar para a sua - mais do que demonstrada - bagunça interna. Embora tenha apresentado um pedido de demissão, Pedro Nuno Santos foi demitido de alguma maneira do Governo", disse aos jornalista, num congresso da CIP, no Porto.

E Montenegro relembrou ainda a "bagunça" que houve nos últimos anos na governação. "Ele [saiu], e mais 14 com ele, durante dois anos num governo de maioria absoluta. Quer maior bagunça que essa? Que autoridade autoridade moral tem Pedro Nuno Santos para falar de bagunça?", questionou, acusando o líder socialista de "criar factos" e de ser "tão confuso que se atrapalha a si próprio".

Antes, o líder social-democrata, que se coligou com o CDS-PP e o PPM e vai a votos com a Aliança Democrática (AD), foi confrontando com as declarações do líder socialista, Pedro Nuno Santos, que na segunda-feira disse que o PS não inviabilizaria um eventual governo da AD.

"A semana passada, Pedro Nuno Santos entendia que o PS não deveria viabilizar um governo da AD. Na segunda-feira deu uma pirueta e disse que estava disponível para viabilizar um governo da AD, se perdesse as eleições. Ontem, deu uma segunda pirueta, dizendo que governaria se ganhasse as eleições ou se tivesse maioria com os seus parceiros, o PCP e o Bloco de Esquerda. É muito difícil comentar as piruetas de Pedro Nuno Santos, porque ele é muito rápido a mudar de opinião", defendeu.

As acusações surgiram depois de Montenegro dizer que até 8 de março iria "aproveitar todas as possibilidades" que tinha de interagir, falar com os portugueses, com vista a ter a maior expressão de confiança" e que garantisse "uma boa vitória eleitoral e condições de governabilidade". A resposta foi dada quando os jornalistas o questionaram sobre o que fará perante um eventual governo minoritário do Partido Socialista.

Reforçando que tem vindo a ser claro, Montenegro foi confrontando com a possibilidade de não ter anunciado uma decisão em relação a este possível cenário o deixar fragilizado. "Pelo contrário. Fragilizado porquê? Quer que fale de cenários de derrota?", questionou, apontando que esse seria um cenário em que a Aliança Democrática (AD) perderia as eleições. "Não tenho esse cenário na minha cabeça. Isto não é arrogância", apontou.

[Notícia atualizada  às 16h26]

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