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"O resultado natural, após vazio que se instalou, é vitória da AD"

O ex-presidente do PSD reforçou que Luís Montenegro sempre o apoiou enquanto esteve na liderança do partido.

"O resultado natural, após vazio que se instalou, é vitória da AD"
Notícias ao Minuto

19:26 - 26/02/24 por Joana Duarte com Lusa

Política Pedro Passos Coelho

O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho afirmou, esta segunda-feira, que a sua presença no comício da Aliança Democrática (AD), em Faro, pretende "retribuir modestamente o apoio" que sentiu de Luís Montenegro quando foi presidente do PSD.  

"Estou aqui para poder, de alguma forma, emprestar algum do meu apoio, do meu contributo para que o resultado das eleições possa ser aquele que desejamos", afirmou Passos Coelho.

O ex-presidente do PSD reforçou que Luís Montenegro sempre o apoiou enquanto esteve na liderança do partido. "Retribuir todo o apoio que sempre senti quando estive na posição dele, como primeiro-ministro e presidente do PSD", afirmou. "Ele já está a muito pouco tempo de ter a primeira das qualidades, já que tem a segunda", disse Passos Coelho. 

O ex-primeiro-ministro falou também no cabeça-de-lista do Algarve. "Não esqueço também todo o apoio que Miguel Pinto Luz me deu, desde o início quando me candidatei pela primeira vez à liderança do PSD, em 2008, e ele foi meu diretor de campanha".

Passos Coelho lembrou a criação da AD, em 1979, e que os dias de hoje têm "problemas sérios que aguardam solução". "Precisamos de mobilizar os eleitores e só o podemos fazer se acreditarmos que o país tem um futuro melhor do que aquele que hoje esta a ser oferecido à generalidade das pessoas", considerou.

"Aquilo que neste 8 anos os diversos governos socialistas construíram fosse alguma coisa tão importante, que as pessoas sentissem como mobilizador para futuro, nós não tínhamos uma parte significativa das políticas públicas a apresentar o desgaste que apresentam, a falta de qualidade que apresentam e a inspirar preocupação", disse Passos. 

O ex-presidente do PSD disse que é necessário "oferecer uma prática política diferente daquela que observamos" e que se "sente em Portugal uma vontade de mudança".

Pedro Passos Coelho acusou o PS de ter aumentado a insegurança no país, que associou à imigração, de ter governado com dirigismo no Estado, incluindo nas escolas, e deixar uma "perspetiva miserável" de crescimento económico. acordo com Pasos Coelho, a governação do PS com António Costa primeiro-ministro degradou a saúde, o ensino, a habitação e a segurança e deixa uma "perspetiva miserável de um crescimento que é demasiado magro".

"Não tarda estaremos na cauda da Europa do bem-estar, do progresso e do desenvolvimento", anteviu.

O ex-primeiro-ministro criticou a proximidade entre o salário mínimo e o salário médio e considerou que se a situação económica não se alterar "não haverá jovem qualificado que aqui encontre o futuro".

Sobre segurança, recordou uma afirmação que fez em 2016, na Festa do Pontal, no Algarve, quando liderava o PSD na oposição: "Nós precisamos de ter um país aberto à imigração, mas cuidado que precisamos também de ter um país seguro".

"Na altura, o Governo fez ouvidos moucos disso, e na verdade hoje as pessoas sentem uma insegurança que é resultado da falta de investimento e de prioridade que se deu a essas matérias. Não é um acaso", sustentou.

Sobre a educação, Passos Coelho declarou: "A nós não nos preocupa só que as escolas não sirvam, como deviam servir prioritariamente, para transmitir os conteúdos que são necessários, para dar ferramentas às pessoas. Importa-nos também que as pessoas que passam por lá se sintam cidadãs a quem ninguém anda a meter pela goela abaixo aquilo que há de ser a sua vontade e a sua maneira de pensar".

Num balanço da governação do PS, concluiu que os socialistas evitaram reformas "para não se maçar, para não dividir, não vá alguém não gostar", causando problemas que "hoje caem em cima da cabeça de toda a gente".

"Somos donos de nós próprios, da nossa vida e do nosso futuro", realçou.

Passos realçou que é necessário ter uma "capacidade reformista" e "dar uma oportunidade ao país para ser diferente".

"O resultado natural destas eleições é a vitória da AD. Eu acredito nisso, é a coisa mais natural do mundo", considerou Passos que acusou o PS de "ter um vazio imenso para oferecer ao país" e que, portanto, é preciso "capacidade reformista" e "dar uma oportunidade ao país para ser diferente". "O resultado natural, depois deste vazio que se instalou, é uma escolha na AD", reforçou.

Pedro Passos Coelho afirmou que se juntou à campanha da AD para "ajudar o PSD". "Eu não venho cá criar desatenções, venho cá ajudar o PSD em campanha", afirmou Passos Coelho, enquanto caminhava lado a lado com Luís Montenegro, rodeados por comunicação social.

Passos Coelho, que liderou o PSD entre 2010 e 2018 e foi primeiro-ministro entre 2011 e 2015, juntou-se à campanha da Aliança Democrática (AD) num comício na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, em Faro.

[Notícia atualizada às 22h00]

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