O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, discursou esta terça-feira em Machico, na Madeira, onde sublinhou as melhorias de uma governação socialista nos últimos anos.
"Governámos os últimos oito anos e temos orgulho na governação. Temos resultados para apresentar. Resultados que são factuais. Quero que sejam testados pelos 'fact-check' de cada uma das frases que vos vou dizer: hoje, 2024, face a 2015, quando tomámos posse, o país cresce mais, a dívida pública é mais baixa, investimento subiu, o desemprego está mais baixo, salários estão mais altos, pobreza está mais baixa, pensões estão mais altas, abandono escolar desceu, os alunos na universidade subiram. Façam 'fact-check' a cada uma destas frases", desafiou.
O socialista apontou ainda que Portugal não era "nenhuma catástrofe" e que só "se consegue construir futuro a olhar para a frente se formos capazes de construir o presente".
O líder socialista defendeu ainda que a Região Autónoma da Madeira precisava de uma mudança, e que ambicionava que houve uma governação tanto na região, como na República.
"Temos muito trabalho pela frente para ganharmos as eleições na Assembleia da República e ganharmos as eleições para o governo regional da Madeira. O povo da Madeira merece uma mudança - um Governo socialista na República e um governo socialista na Região Autónoma da Madeira", referiu.
Sublinhando que existe um sentido de comunidade no partido e que ninguém nada sem o outro, Pedro Nuno Santos, referiu que o Partido Socialista é o partido "dos jovens, dos trabalhadores, da classe média, dos mais velhos - somos o partido de Portugal inteiro".
Durante o seu discurso, falou no assunto que está 'na ordem do dia': as pensões. "É isto que nós queremos continuar a fazer. Respeitar quem trabalhou uma vida inteira. Respeitar quem construiu o nosso país, as nossas terras, quem construiu a Região Autónoma da Madeira. Respeitar os mais velhos, os reformados. É isso que nós faremos, continuando a fazer aumentos nas pensões, cumprindo a lei de atualização das pensões, aumentado as pensões mais baixas. Retirar a obrigação de apresentação dos rendimentos dos filhos, para que um reformado se possa candidatar ao Complemento Solidário para Idosos. Respeitar - será sempre assim que lidaremos com os mais velhos", garantiu.
O assunto voltou a estar em cima da mesa com o 'aparecimento' de Pedro Passos Coelho, que ontem marcou presença ao lado do líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro. O aparecimento da dupla social-democrata já gerou críticas entre alguns eleitores, como é foi o caso de uma ex-operária têxtil, que em Portalegre, disse a Montenegro que não gostou de os ver juntos. "Tenho de ser sincera, ele é que me roubou", começou por dizer, acrescentando: "Trabalhei 43 anos. Com uma reforma de miséria, habituei-me sempre a ganhar pouco, mas cresce sempre um bocadinho. E com o senhor Passos Coelho não cresceu nada, diminuiu tudo, tudo, tudo, tudo".
No âmbito desta conversa, Luís Montenegro, que ontem agradeceu ao ex-primeiro-ministro Passos Coelho o "trabalho patriótico" que fez por Portugal, deixou uma garantia em primeira mão: "Vou-vos dizer aqui pela primeira vez, para ser muito claro sobre isso: se eu algum dia tiver de cortar um cêntimo numa reforma, demito-me", declarou Luís Montenegro.
[Notícia atualizada às 19h53]
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