Segurança pessoal? "Eu agradeço, mas não vou utilizar, confio no país"

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) agradeceu hoje ao primeiro-ministro a disponibilização da segurança pessoal, após o ataque de um ativista climático a Luís Montenegro, mas não vai aceitar porque confia no país.

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© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Lusa
28/02/2024 19:29 ‧ 28/02/2024 por Lusa

Política

Rui Rocha

"Eu agradeço, mas não vou utilizar, confio no país, confio nas pessoas em Portugal e, portanto, continuarei com a mesma atividade sem nenhuma limitação, sem alterar nada, mas também sem nenhum tipo de segurança", garantiu Rui Rocha no final de uma visita e reunião na Business Round Table, no Lagoas Park, em Oeiras, distrito de Lisboa.

O primeiro-ministro deu hoje instruções para que a PSP disponibilize segurança pessoal aos líderes dos partidos com assento parlamentar que o pretendam, na sequência do ataque ao presidente do PSD, Luís Montenegro, por um ativista climático.

A decisão de António Costa foi tomada após Montenegro ter sido atingido com tinta verde por um jovem ativista climático hoje durante uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), no âmbito de uma ação de campanha eleitoral da AD.

Rui Rocha entendeu ser muito importante que os líderes políticos possam caminhar na sua vida e fazer a sua atividade política com total liberdade.

E acrescentou: "Creio que o primeiro-ministro faz bem, é uma forma de reconhecer a gravidade daquilo a que temos assistido porque pode ser o sinal de alguma coisa que pode evoluir para coisas mais graves e, portanto, eu acho que o senhor primeiro-ministro faz bem em dar a devida importância a esta matéria".

Para o dirigente liberal, mal estão aqueles que, perante a repetição destes atos de intimidação que tentam coagir os agentes políticos na sua liberdade e diminuí-los nas suas aparições, os desvaloriza.

Este tipo de atuações é inaceitável e devem ser condenadas como tal, insistiu.

"Nós, quando assumimos funções políticas, temos uma responsabilidade de preservação das instituições e, portanto, se não se reagir a este tipo de situações atribuindo-lhes a gravidade que elas têm aquilo que estamos a fazer é contribuir para a degradação das instituições", sublinhou.

Rui Rocha, que tem uma visita agendada à BTL na sexta-feira no âmbito da sua ação de campanha, garantiu que não irá tomar nenhuma medida adicional porque não cede a intimidações.

Os ativistas do movimento Fim ao Fóssil reivindicaram entretanto a ação em comunicado, argumentando que "nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática".

O movimento estudantil reivindica o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e exige que se pare de usar gás para produzir eletricidade até o próximo ano, utilizando antes 100% eletricidade renovável e gratuita.

Montenegro anunciou, entretanto, que vai formalizar ainda hoje uma queixa contra o ativista que o atingiu com tinta verde, à entrada da BTL, e agradeceu as manifestações de solidariedade.

Leia Também: Rui Rocha considera a pobreza um dos "falhanços mais clamorosos do PS"

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